Na quarta-feira passada, dia 15 de setembro, cerca de 363.240 ETH foram sacados de exchanges centralizadas, ontem, no entanto, 258.050 ether voltaram para endereços de corretoras durante a queda de preço tanto de criptomoedas quanto de ações em todo o mundo.
Na semana passada, o Ethereum havia batido um recorde: 6,6 bilhões de reais em ethereum saíram de exchanges centralizadas, este foi o maior montante de fluxo de saída em toda a sua história.
O segundo maior ocorreu em 16 de abril, com a soma de 6 bilhões de reais em ETH, o que acabou levando o ETH de R$13.600 para sua alta histórica de mais de R$22.000 quase um mês depois.
Pânico
Somado a queima de 1 bilhão de dólares, 5,32 bilhões de reais, esta métrica on-chain parecia estar deixando o mercado otimista em relação ao Ethereum.
Porém a crise imobiliária da China acabou afetando todos os mercados, inclusive o ETH que chegou a perder 23% de seu valor em 5 dias, ficando abaixo dos 3.000 dólares por alguns instantes na noite de ontem.
O pânico causado pela China fez com que boa parte dos ETH que foram sacados das exchanges centralizadas voltassem para o mercado. Dos 363.000 ETH que saíram na quarta-feira, 258.000 voltaram para as corretoras, cerca de 70%.
Bitcoin
Embora o Bitcoin também tenha caído no início desta semana devido a Evergrande e as incertezas do mercado global, a entrada e saída de BTC de exchanges centralizadas é bem mais comportado do que do ETH.
A métrica é apresentada pelo IntoTheBlock, que rastreia o fluxo de entrada e saída dez das maiores exchanges de Bitcoin e dezoito de Ethereum.
Enquanto viu-se uma entrada de 4,27 bilhões de reais em ETH nas corretoras, apenas R$1,3 bilhão em BTC tiveram este rumo no mesmo dia.
Além disso, enquanto os fluxos de entrada de ETH nos últimos 30 dias passam a soma de 1 bilhão de dólares, o Bitcoin está com um fluxo de saída de 219 milhões, diferença de 1,219 bilhão de dólares.
Os motivos podem ser vários, como baleias aproveitando quedas para acumular BTC ou a forte concorrência que o Ethereum vem enfrentando de suas blockchains rivais que também trabalham com contratos inteligentes.