A semana foi marcada pelo Crypto Summit, evento onde Donald Trump reafirmou a criação da Reserva Estratégica de Bitcoin dos EUA, com 198.109 BTC (avaliados em US$ 16 bilhões).
O governo pretende manter esses ativos sem vendê-los, garantindo um estoque de longo prazo. No entanto, o mercado reagiu de forma mista, especialmente devido à exclusão de altcoins na reserva e à ausência de compras ativas no mercado, limitando-se à incorporação de BTC já apreendidos.
No setor de derivativos, os ETFs registraram saídas expressivas, totalizando mais de US$ 1 bilhão em vendas na semana, o que adicionou pressão ao mercado à vista. No mercado futuro, houve liquidações superiores a US$2 bilhões, afetando traders alavancados que buscavam um fundo de mercado.
O Bitcoin, por sua vez, fechou o gap da CME criado em novembro de 2024 ao testar US$77 mil, enquanto abriu um novo gap nos US$87 mil. Na análise técnica, a resistência-chave para retomada da alta está em US$86 mil, com suporte na faixa de US$76 mil a US$80 mil.
Caso consiga superar essa resistência, o BTC pode consolidar um movimento de valorização até os US$93 mil.
No mercado de altcoins, a dominância do Bitcoin segue elevada, atingindo 62,1%, o que pode indicar desafios para ativos menores no curto prazo. O indicador de Altseason caiu para 18 pontos, registrando sua mínima do ano, sinalizando um momento de apreensão para altcoins.
O Ethereum continua sendo o maior perdedor do ciclo, tendo rompido suportes importantes como US$2.286 e US$1.990, agora testando US$1.730. Caso a queda se intensifique, os próximos suportes estão em US$1.518 e US$1.425, com um cenário de Bear Market confirmado se perder US$1.100.
Para reverter a tendência de baixa, o ETH precisa recuperar os US$2.161 ao longo de março. Com isso, expectativa agora recai sobre os próximos dados macroeconômicos e movimentações institucionais, que podem definir a trajetória dos ativos digitais nos próximos meses.