Um brasileiro e um paraguaio foram detidos e colocados em prisão domiciliar, após o Ministério Público do Paraguai apreender 670 máquinas de mineração de bitcoin em uma operação.
Deflagrada nos últimos dias, a operação visou acabar com o roubo de energia praticado por uma instalação. A companhia de energia paraguaia, a ANDE, também participou das operações contra o esquema.
De acordo com informações apuradas pelo Livecoins junto ao Ministério Público do Paraguai, o paraguaio Hugo e o brasileiro Vinicius são os alvos da operação. Eles responderão agora pelos crimes de perturbação do serviço público e roubo de energia.
Paraguai apreende máquinas de mineração de bitcoin e prende dois suspeitos, um brasileiro
Os suspeitos foram detidos durante uma operação liderada pelo promotor Fornerón Rodríguez, com a participação de agentes da Diretoria contra Atos Puníveis Econômicos e Financeiros e de funcionários da ANDE.
No procedimento, foi desmantelada uma fazenda de mineração de bitcoin e criptomoedas, onde foram apreendidas 670 máquinas de processamento. Além disso, autoridades apreenderam um transformador de 2.000 KV, cabos e elementos semelhantes aos utilizados pela ANDE, além de documentação e outras provas relevantes.
O tribunal criminal justo ordenou prisão domiciliar para ambos os réus enquanto a investigação avança. No Paraguai, assim como no Brasil, o roubo de energia é um crime que leva a prisão e multa por quem for pego na prática.
Cúmplices podem pegar prisão e ter de devolver valores do prejuízo para estatal
Entre os crimes imputados estão o roubo de energia elétrica, classificado como um delito econômico, com penas que podem variar de multas substanciais até prisão, dependendo do valor do prejuízo causado.
Além disso, a perturbação de serviços públicos, crime que atinge diretamente o funcionamento de infraestruturas essenciais, pode resultar em penas adicionais, incluindo prisão de até cinco anos, conforme a legislação paraguaia.
Os equipamentos de mineração apreendidos foram confiscados e deverão ser usados como provas no processo judicial. Vale o destaque que o governo paraguaio intensificou as ações para combater crimes relacionados à mineração ilegal de criptomoedas.
Em setembro de 2024, por exemplo, uma investigação da Administração Nacional de Eletricidade do Paraguai (ANDE) encontrou uma fazenda clandestina de mineração de bitcoin no interior de uma igreja. Naquela operação, autoridades também apreenderam os equipamentos e prenderam suspeitos, após um prejuízo de milhares de reais com o roubo de energia.
