A Polícia Civil de Goiás (PCGO), prendeu um suspeito de participar de um sequestro relâmpago contra um casal de idosos, recebendo R$ 100 mil em criptomoedas como pagamento. O suspeito foi preso a pedido da Polícia Civil de São Paulo, que investiga o crime.
A prisão do suspeito ocorreu na Cidade de Goiás (GO), na última terça-feira (14), por meio do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc).
Em nota, a PCGO declarou que o suspeito de recebimento de aproximadamente R$ 100 mil em criptomoedas participou de um crime de extorsão qualificada, com restrição de liberdade de um casal de idosos.
O caso ocorreu na Rodovia Ayrton Senna, em agosto de 2022, por meio de um sequestro relâmpago.
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Suspeito que recebeu criptomoedas também atuava no tráfico de drogas
Cumprindo mandados a pedido da polícia paulista, agentes de Goiás entraram no imóvel do suspeito e encontraram indícios de outros crimes.
Ao perceber a entrada da polícia, o suspeito se trancou no banheiro do imóvel, tentando dispensar 256 gramas de Skunk, considerada uma “super maconha”. Ele tentou eliminar as evidências no vaso sanitário, mas acabou flagrado pelas autoridades.
Ele ainda quebrou seu aparelho celular e uma balança de precisão, em busca de eliminar provas do crime.
Já no quarto do investigado, a Polícia Civil encontrou alguns frascos de anabolizantes, outras 30 gramas de Haxixe e R$ 720,00 em espécie. As autoridades não divulgaram se algum valor em criptomoedas estava em posse do suspeito, ou se alguma carteira de criptomoedas foi encontrada.
De qualquer forma, todo o material apreendido pelos agentes estão em posse da justiça, e o suspeito acabou sendo autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas. Ele permanece sob custódia, a disposição do judiciário.
O nome do suspeito ou das vítimas sequestradas em 2022 não foi divulgado pelas autoridades, que ainda apuram o crime.
Cuidado com criptomoedas
Ao investir em criptomoedas, é comum que muitos investidores compartilhem publicamente suas posses, se colocando em risco de sequestros.
Assim, se torna cada vez mais importante que investidores do mercado mantenham discrição sobre quantidades de criptomoedas. Não está claro se o casal sequestrado na Rodovia de São Paulo, em agosto de 2022, tinha alguma posse em criptomoedas, mas o sequestrador pode ter recebido seu pagamento via moedas digitais.
O suspeito preso em Goiás, por fim, pode responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, sequestro relâmpago e tráfico de drogas.