Fiji: Foto de Mark Direen/Pexels.
O Banco Central de Fiji anunciou nesta sexta-feira (5) que está proibindo serviços de criptomoedas de operarem no país. A ordem entrou em vigor no último sábado (30).
Localizado na Oceania, próximo à Austrália e Nova Zelândia, Fiji possui 926 mil habitantes espalhados entre 322 ilhas de seu arquipélago e o turismo é uma de suas principais fontes de receita.
Quem desobedecer à ordem pode enfrentar uma multa de 1 milhão de dólares fijianos (FJD), equivalente a R$ 2,4 milhões, ou uma pena de prisão que pode chegar a 14 anos.
O Banco Central de Fiji não explicou os motivos por trás do banimento de empresas que fornecem serviços de criptomoedas.
Dados do Trading Economics mostram que o país registrou uma inflação anual negativa de 2,1% no relatório de agosto. Antes disso, em meados de 2024, chegou a registrar um pico de 7,1%.
Portanto, é possível que a decisão tenha sido tomada para blindar o poder de compra de sua moeda local, o FJD, principalmente por ser um país turístico.
Segundo o comunicado do Banco Central de Fiji, cidadãos e empresas estão proibidos de:
“Qualquer pessoa física ou jurídica que viole a seção 22(2) da Lei do RBF (Banco Central de Fiji) comete uma infração e está sujeita, em caso de condenação, a uma multa de até 1.000.000 dólares de fiji ou a uma pena de prisão de até 14 anos.”
A postura chama atenção principalmente porque seus países vizinhos possuem políticas mais flexíveis. Como exemplo, a Nova Zelândia permite desde 2019 pagamentos de salários em Bitcoin, já a Austrália realiza ações somente contra golpes.
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