Uma pesquisa divulgada pelo R7 Economize mostra que as mulheres evitam as criptomoedas e ações, consideradas por muitos uma forma de renda variável.
Ainda sim, é importante perceber que a participação feminina no mercado de investimentos tem crescido nos últimos anos. No mercado de criptomoedas, por exemplo, a receita federal divulgou recentemente que pessoas do sexo feminino efetuaram 2% mais negociações em 2021 na comparação com 2020.
Já na Bolsa de Valores brasileira, a B3, atualmente existem 1.183.187 de mulheres na bolsa, valor que representa 23,5% dos 5.026.404 investidores do setor. De qualquer forma, o número é um recorde de CPFs de mulheres cadastrados e mostra que o cenário tem ficado melhor para investidoras.
“Mulheres evitam ações e criptomoedas por ter perfil mais conservador”
Na pesquisa divulgada pelo R7, a conclusão que ficou é que as mulheres em geral têm um perfil mais conservador nos investimentos que homens. Isso fica claro ao se analisar o como elas pretendem conseguir realizar suas metas financeiras para 2022.
Em resposta, 32,4% das mulheres declararam que querem colocar seu dinheiro na poupança, 13,9% em títulos de renda fixa e 9,4% em fundos de investimento. Enquanto isso, os homens tem perfis mais agressivos segundo esse levantamento, ainda que 27,8% tenha declarado a intenção de aportar na poupança para 2022.
Na visão de Ana Paula Netto, consultora financeira da Onze, quando se trata de renda variável a diferença de perfis fica ainda mais clara.
“A diferença dos perfis fica mais evidente quando analisamos investimentos de maior risco, como ações e criptomoedas. Para as mulheres, são as opções menos escolhidas, apontadas por 8,2% e 6,7%, respectivamente. Já entre os homens, 19,3% optam por ações e 18,4% por criptomoedas”.
A consultora lembra que as mulheres e homens se posicionam conforme o retorno e risco dos investimentos, e que isso depende de diversos fatores, como horizonte de tempo, momento de vida, objetivo e perfil de risco de cada pessoa.
13.º salário de 2021: quem comprou mais criptomoedas?
No final de 2021, empregados receberam seu 13.º salário e tiveram que optar por realizar algum investimento. E dos 19,4 mil ouvidos pela pesquisa preferiram ser conservadores com o valor, sendo 50% dos homens e 48% das mulheres comprando títulos de renda fixa.
No apetite por risco, 12% das mulheres investiram em criptomoedas, enquanto 26% dos homens adquiriram esses ativos digitais, ou seja, mais que o dobro.
Mulheres se tornando líderes em empresas de criptomoedas
Enquanto muitas mulheres ainda evitam as criptomoedas e optam por permanecer em renda fixa, mesmo com a alta inflação no Brasil, outras têm optado por assumir riscos de gestão em empresas do setor.
Uma delas é Renata Mancini, Presidente da ABCripto, que destacou em comunicado compartilhado com o Livecoins que “o Dia da Mulher é um lembrete de que todos possuímos um papel importante na sociedade para garantir igualdade de direitos civis como gênero, etnia e classe social, seja tanto na esfera profissional, como pessoal“.
Já Julieti Brambila, representante do Conselho de Autorregulação da ABCripto destacou que a diversidade de gênero e outras mais é importante
“É uma bússola para que se tenha maior escuta ativa e, consequentemente, maior supervisão, incremento do ponto de vista criativo, complementariedade, pulverização de responsabilidades e um trilhar enriquecedor”.
Ou seja, nem todas as mulheres estão evitando os riscos desse mercado, já buscando se posicionar na nova economia digital e explorar ganhos no setor, que tem grandes oportunidades de negócios.