Muitos brasileiros acreditam no Real digital como uma tecnologia promissora de curto prazo, não para daqui a cinco anos. Pelo menos isso é o que indica um recente estudo promovido com 999 brasileiros, que participaram de uma entrevista online entre os dias 4 e 5 de outubro de 2021.
Na pesquisa a intenção era compreender como está sendo a adoção de criptomoedas no Brasil, único país latino que entrou no levantamento conduzido pela Capterra.
Para participar do estudo, os entrevistados tinham que selecionar se conhecem ou estão familiarizados com o conceito de criptomoedas. Os participantes selecionados responderam “Sei o que é” ou “Tenho algum conhecimento” sobre criptomoedas e validaram seu conhecimento em uma questão subsequente.
Brasileiros até acreditam no Real digital, mas no longo prazo preferem as criptomoedas
Ainda em fases de discussão para implementação, o Real digital já é um sistema que desperta o interesse dos brasileiros para sistemas de pagamentos digitais. Segundo um levantamento feito por uma empresa no Brasil, 66% dos entrevistados acreditam que este será um sistema bom para a economia nacional.
Apesar disso, muitos se mostram preocupados com a solução de CBDC brasileira, com 70% dos respondentes revelando temer com o lançamento, principalmente em problemas atrelados a temas de segurança, autoridade ou privacidade.
Quando questionados se conseguem ver um futuro para a moeda digital brasileira, os entrevistados acabaram não mostrando tanta confiança assim.
Apesar da alta discussão em torno do Real digital, quando as pessoas entrevistadas pelo Capterra visualizam o sistema monetário brasileiro em um futuro próximo, 4 de cada 10 creem que o padrão de moeda ideal são as criptomoedas. Dos participantes, 71% declararam confiar nestes sistemas de pagamento online.
Tal número surpreende justamente porque, pesquisa anterior do Capterra sobre a adoção do PIX, identificou a alta confiança do brasileiro no sistema. Porém, alcançou-se este cenário sete meses após o lançamento do PIX, quando a população já tinha tido tempo de testá-lo e avaliá-lo.
Como isso é algo que ainda não aconteceu com as criptomoedas, mostra que os brasileiros já confiam mais nos sistemas descentralizados de moedas que em centralizados no longo prazo.
Brasil é o país com maior adoção de criptomoedas
O estudo mostrou ainda que o Brasil possui a maior taxa de adoção de criptomoedas (37%) em relação a outros mercados em que o Capterra está presente –o Brasil foi o único representante latino-americano da análise. Abaixo do Brasil está a Espanha (27%) e, no outro extremo, a Alemanha (16%).
Apesar de não ter sido um critério para a seleção de participantes, todos os entrevistados declararam possuir conhecimento em criptomoedas. Entretanto, é importante destacar que o grau de conhecimento varia: 56% afirmam convictamente saber o que é criptomoedas, enquanto 44% disseram que têm algum conhecimento sobre o assunto.
Entre os motivos que os levaram a investir em criptomoedas, o destaque ficou com a resposta “Para obter lucro”. Outros declararam a vontade de participar de um movimento inovador e alternativo.
Dentre os que não investem, a principal resposta foi o medo por desconhecimento sobre o assunto, fator que os impede de comprar qualquer moeda no mercado.
O estudo da Capterra foi compartilhado com o Livecoins e pode ser lido na íntegra pelos interessados.