PF busca criptomoedas de hackers em Operação Dois Fatores

A PF estima que funcionários de operadoras de telefonia e várias pessoas espalhadas pelo Brasil ajudaram na fraude.

Na manhã desta quarta-feira (16) a Polícia Federal conduziu o cumprimento de 28 mandados de busca e apreensão, pela Operação Dois Fatores. A PF determinou que 70 agentes federais, em seis estados, participassem da ação.

Ao fraudar a Caixa Econômica Federal, os hackers teriam lesado inúmeras pessoas com um golpe. O crime cibernético era cometido principalmente pelo internet banking do banco estatal.

Com o pagamento do auxílio emergencial sendo feito pela Caixa, em 2020 o banco foi alvo de hackers. Com o aumento dos golpes cometidos contra a Caixa Econômica, pedindo até Bitcoin como pagamento, a PF havia se envolvido nas investigações.

Na operação desta manhã, estão sendo cumpridos onze mandados de prisão contra os hackers. Além disso, são mais 17 mandados de busca e apreensão, nos estados de Goiás, Pará, São Paulo, Maranhão, Bahia e Distrito Federal.

De acordo com a polícia federal, as fraudes eram cometidas contra prefeituras do Mato Grosso. As suspeitas começaram quando a Caixa notificou a PF sobre movimentações fraudulentas partindo de duas prefeituras daquele estado, na época de R$ 2 milhões.

O município de Pontes e Lacerda foi o afetado, mas o golpe pode já ter levado mais de R$ 18 milhões de prefeituras do Brasil.

“A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (16/12), a Operação Dois Fatores, com o objetivo de combater fraudes eletrônicas, via internet banking, cometidas por organização criminosa em desfavor de contas de prefeituras municipais em agências da Caixa Econômica Federal.”, declarou a PF

Ação conjunta entre Caixa Econômica e PF ajudou nas investigações, e polícia busca criptomoedas dos hackers

Quando as primeiras contas começaram a ser investigadas pela PF, logo o golpe começou a ficar claro. Os hackers tinham acessos a contas de prefeituras, acessadas através de internet banking, para fazer transferências.

Para desvendar o mistério, a PF contou com a ajuda da Caixa Econômica Federal, em ação conjunta. Contudo, não eram apenas hackers que participaram da ação fraudulenta.

A PF estima que funcionários de operadoras de telefonia e várias pessoas espalhadas pelo Brasil ajudaram na fraude. Dessa forma, várias ações seguem realizadas para desvendar completamente o golpe. A PF inclusive busca eventuais criptomoedas que os hackers possam ter, fruto deste golpe.

“Na ação de hoje, a Polícia Federal visa, além da prisão dos operadores das fraudes e dos beneficiários das transferências fraudulentas, angariar mais provas relacionadas aos crimes cometidos, apreender bens obtidos com o proveito dos ataques cibernéticos e recuperar valores convertidos em criptomoedas.”, falou a Polícia Federal em nota

Com as fraudes contra prefeituras, algumas chegaram a atrasar os salários de seus funcionários. Entre outros prejuízos, os municípios tiveram que suspender pagamentos a fornecedores, em plena pandemia.

Os principais alvos dos hackers eram servidores do alto escalão das prefeituras. Ao conseguir acesso às vítimas, eles realizam a transferência dos valores para diversos beneficiários, pagavam boletos e convertiam valores em criptomoedas. De acordo com a PF, o patrimônio dos municípios era dilapidado rapidamente.

Suspeitos são investigados por fraudes em dispositivos eletrônicos e furto qualificado

A PF batizou a operação de “Dois Fatores”, fazendo referência à metodologia de autenticação em dois fatores. Quando esse mecanismo está ativado, os hackers podem até conseguir romper a primeira defesa, mas se deparam com outra. Ou seja, dois fatores dá mais segurança, principalmente para operações financeiras.

Os onze suspeitos que tiveram ordem de prisão decretada serão investigados por furto qualificado e invasão de dispositivos eletrônicos mediante fraude. Como o crime foi cometido contra dirigente de municípios, a pena deles poderá ser aumentada de um terço a metade.

As ordens de prisão, busca e apreensão foram expedidas pela Justiça Federal do Mato Grosso.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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