Operação Hawala realizada pela PF. Fonte: Polícia Federal/Reprodução.
A Polícia Federal deflagou a Operação Hawala na manhã desta terça-feira (2). O alvo era uma organização investigada por lavagem de dinheiro com criptomoedas, dentre outras acusações.
Cinco mandados de busca e apreensão foram realizados nas cidades de Araçatuba (SP) e São Paulo, capital. Um homem foi preso em flagrante.
As investigações contra a organização criminosa iniciaram há cerca de dois anos. A Polícia Federal destaca que o grupo utilizava empresas de fachadas e sócios laranja para importar mercadorias de forma irregular, principalmente produtos eletrônicos.
Os itens eram comercializados em grandes plataformas de comércio eletrônico.
No total, o esquema movimentou mais de R$ 1 bilhão em pouco mais de um ano. Os recursos então eram enviados para corretoras de criptomoedas.
“Em vez de doleiros convencionais, o grupo contratava operadores para converter os lucros em reais para criptoativos, remetidos ao exterior para o pagamento de fornecedores”
“Essa modalidade, apelidada de Cripto-Cabo, permitia movimentações transnacionais de grandes quantias de forma rápida, anônima e à margem do sistema financeiro oficial”, escreveu a PF.
O nome da operação, Hawala, faz referência a um antigo sistema informal de transferências internacionais que não depende de bancos, mas sim da confiança entre as partes, também conhecido como “Dólar-Cabo”.
O uso de criptomoedas seria uma evolução dessa tática.
Embora não tenha revelado mais detalhes, a Polícia Federal aponta que os investigados poderão responder por associação criminosa, descaminho, sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Além da prisão em flagrante de um homem, a PF também apreendeu diversos bens da quadrilha, incluindo:
A Justiça Federal de São Paulo também determinou o sequestro de bens e o bloqueio de contas bancárias dos suspeitos. No entanto, não há informações sobre o bloqueio de saldos em corretoras de criptomoedas, caso existam.
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