A Polícia Federal deflagrou na última terça-feira (21), a Operação Harvest, contra uma empresa que captava recursos de brasileiros para supostos investimentos em bolsas de valores e criptomoedas.
Ao todo, os policiais federais cumpriram um mandado de prisão e outros quatro de busca e apreensão. Além disso, ordens judiciais que determinavam o sequestro de bens e de valores determinados pela justiça foram cumpridos.
A PF estima que os bens em posse dos suspeitos ultrapassem 2,3 bilhões de reais, fruto de uma possível atividade criminosa ainda sob apuração. O nome da empresa segue sob sigilo na fase inicial das investigações.
PF encerra empresa de brasileiro que mora no Uruguai e que investia recursos de clientes em criptomoedas e no mercado formal
A investigação da Polícia Federal do Brasil concentrou esforços na ação de um brasileiro que mora em Montevidéu, capital do Uruguai. Ele administra seis empresas, sendo que cinco delas estão em Santana do Livramento (RS) e uma em Curitiba (PR).
Com atuação no sul do país, ele tinha um grupo de empresas que atuavam como ferramenta de intermediação de pagamentos de clientes. Seu foco era em atender casas de apostas e plataformas de investimentos estabelecidas no exterior.
Dessa forma, a PF investiga o crime de evasão de divisas das empresas do suspeito, embora sua prisão não tenha sido confirmada pela polícia.
Outra situação que chamou atenção dos investigadores do possível esquema envolve o fato da empresa investir os recursos dos clientes, por conta própria, no mercado formal e em criptomoedas.
Empresa não tem honrado saques
A Operação Harvest da PF ainda não revelou quais empresas de apostas estavam sendo atendidas pelo suspeito de extraviar recursos ilegalmente do Brasil para o exterior.
De qualquer forma, a situação fica pior com o relato de inúmeros clientes do serviço, que alegam não ter recebido seus créditos nas plataformas e nem conseguem o resgate de valores por parte das empresas alvo da operação.
Vale o destaque que a empresa investigada não conta com respaldo do Banco Central do Brasil e nem ofertava garantias aos clientes. Ou seja, estava ilegalmente processando transações no mercado financeiro.
Por fim, não está claro quantos clientes foram lesados, nem qual valor perdido por clientes que confiaram na empresa. De qualquer forma, a Polícia Federal do Rio Grande do Sul apura um grande esquema envolvendo o uso de criptomoedas na fronteira do Brasil e Uruguai.