A Polícia Federal determinou o bloqueio de bitcoins em nome dos quatro suspeitos envolvidos no caso Sérgio Moro. Segundo investigação, os acusados invadiram o celular do ministro da justiça e de outras autoridades do país. As autoridades querem descobrir sobre movimentações dos suspeitos em relação à transações de criptomoedas em corretoras brasileiras.
Quatro suspeitos foram presos na última terça-feira (23) através da Operação Spoofing. Segundo as autoridades que investigam o caso, os acusados podem ter movimentado criptomoedas como o bitcoin. Essas transações estão sendo investigadas pela Polícia Federal, que ainda não encontrou criptomoedas que supostamente pertencem aos envolvidos.
Inicialmente, a investigação solicitou informações sobre os hackers para três exchanges que operam no país. As corretoras de criptomoedas Mercado Bitcoin, Brasiliex e Foxbit foram citadas em uma decisão judicial que buscava informações sobre os suspeitos.
Segundo a investigação, Gustavo Henrique Elias Santos realizava transações envolvendo o bitcoin. Além de Gustavo, os demais acusados foram envolvidos nos pedidos de informações para as exchanges. Após a justiça citar três empresas em uma petição inicial, mais outras três exchanges devem fornecer informações sobre os acusados.
A Polícia Federal decidiu pedir dados para mais três corretoras de criptomoedas que operam no Brasil. Dessa forma, o cerco contra os acusados está sendo ampliado. Segundo o portal de notícias “O Antagonista”, Brasil Bitcoin, 3xbit e Omni Trade são as exchanges citadas pela justiça. Essas empresas deverão repassar informações sobre possíveis transações envolvendo os quatro suspeitos presos na Operação Spoofing.
A prisão temporária dos quatro envolvidos foi decretada pelo juiz Vallisney de Oliveira. Nesta sexta-feira (26) o Ministério Público Federal (MPF) solicitou a prorrogação da prisão temporária dos envolvidos no caso do ministro Sérgio Moro. Sendo assim, os investigados deverão ficar mais cinco dias detidos enquanto as investigações procuram por mais dados sobre a invasão do celular de autoridades brasileiras.
As autoridades apuram se os envolvidos utilizaram criptomoedas em operações completamente ilícitas. Ativos digitais como o bitcoin poderiam fornecer informações sobre o envio e recebimento de criptomoedas pelos envolvidos no caso do ministro Sérgio Moro. As autoridades determinaram o bloqueio de qualquer criptomoeda encontrada em nome dos acusados.
Segundo a Polícia Federal, é preciso ter acesso a chaves e senhas dos envolvidos para ter acesso as criptomoedas. As autoridades estariam encontrando dificuldades para encontrar os bitcoins em nome dos suspeitos. Segundo investigações, um dos acusados se recusou a fornecer a senha de acesso ao celular. Além disso, o envolvido no caso também recusou a entrega de dados sobre contas com bitcoin.
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