O PicPay vai liberar a compra de Bitcoin e outras criptomoedas para seus 30 milhões de usuários ativos no mês, com previsão de início do serviço até agosto de 2022. Até o final do ano, é possível que as criptomoedas sejam uma forma legal de meio de pagamento dos clientes da fintech, que chega para brigar no mercado.
Nos últimos meses várias empresas no Brasil liberaram a compra de Bitcoin, sendo a primeira o Mercado Pago, braço do Mercado Livre. Com essa opção, a empresa que comprou BTC no início de 2021 como reserva de valor foi pioneira, com uma parceria com a Paxos.
Já em 2022, o banco digital Nubank, com mais de 50 milhões de clientes, também liberou a compra de Bitcoin para seus clientes, seguindo o Mercado Pago e fechando uma parceria com a Paxos.
Até a empresa de transporte 99, concorrente do Uber, lançou no Brasil a compra de bitcoin para clientes.
Com a chegada do PicPay, fica claro que mais empresas estão ignorando a baixa do mercado, liberando para seus clientes essa novidade.
PicPay vai liberar a compra de Bitcoin em um mês para 30 milhões de clientes
De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (11) pelo NeoFeed, a fintech PicPay resolveu mergulhar no mercado de criptomoedas, tornando este setor alvo de uma escalada de funções a serem liberadas para seus usuários.
A chegada da PicPay será possivelmente feita em acordo com a Paxos, nos mesmos moldes do Mercado Livre e Nubank. Dessa forma, clientes da fintech poderão comprar e vender Bitcoin, Ethereum e USDP, stablecoin da Paxos.
O Vice-Presidente de produtos da PicPay, Anderson Chamon, disse que a empresa entrará forte no setor, não sendo um produto acessório, mas sim uma linha de negócios relevante.
Para o futuro, o famoso aplicativo PicPay quer criar uma corretora de criptomoedas e de NFTs, permitindo negociações de clientes pela própria plataforma.
Além disso, há uma intenção de criar uma unidade de negócios para tokenização de ativos. Mirando entrar no setor, a PicPay criou uma unidade de negócios para Cripto e Web3.
Planos de criar uma stablecoin em Real referência
Um dos planos mais audaciosos da PicPay em sua incursão no mercado de criptomoedas será certamente a criação de uma stablecoin em Real brasileiro.
De acordo com o VP do PicPay, não há uma stablecoin em Real forte atualmente, mas a fintech pode resolver o problema e inclusive listar essa em grandes corretoras pelo mundo.
Dessa forma, o plano é emitir a Brazilian Real Coin (BRC), a stablecoin do PicPay, lastreada na moeda brasileira.
Até o fim de 2022, a meta é negociar pelo menos 100 criptomoedas na plataforma. Além disso, o PicPay quer liberar as criptomoedas como meio de pagamentos para clientes, possibilitando pagamento de boletos e contas, solução que poderia ser integrada até ao PIX.
Ignorando a baixa do mercado, o executivo divulgou que o foco do PicPay é no longo prazo e que a fintech entende os fundamentos dessa tecnologia.