Poder de mineração do Bitcoin bate novo recorde enquanto Monero teme ataque 51%

Conforme a mineração, tanto de Bitcoin quanto Monero, é lucrativa, nenhum participante tem interesse em levar tal ameaça a rede. Portanto, agora a comunidade da XMR está pedindo para que mineradores migrem para outras pools, assim como foi conduzido com o Bitcoin em 2014.

Embora o preço do Bitcoin (BTC) ainda esteja 38% abaixo do ápice de novembro de 2021, seu poder computacional — também chamado hash rate — atingiu um novo recorde nestes últimos dias. Em outras palavras, o Bitcoin está mais seguro do que nunca.

Já usuários da Monero (XMR) estão temendo um ataque de 51% conforme a pool de mineração MineXMR já está com 44% do hash rate total desta criptomoeda.

Embora não intencional, tal ataque pode afetar a segurança da Monero. Contudo, isso já aconteceu até mesmo no Bitcoin e pode ser facilmente resolvido.

Hash rate do Bitcoin atinge recorde

Cada vez mais empresas estão de olho nas oportunidades do setor de mineração de Bitcoin. Como exemplo podemos citar a Intel que recentemente anunciou a sua entrada no mercado com o Bonanza Mine, bem como a Valkyrie que lançou um ETF, ticker $WGMI, baseado em empresas públicas de mineração.

Já em relação ao poder computacional, ou hash rate, dados do Blockchain.com apontam que os mineradores bateram um novo recorde nesta semana, saltando para 248 exahashes por segundo.

Poder computacional do Bitcoin. Fonte: Blockchain.com

Com isso, a rede está mais segura do que nunca visto que para atacá-la, é preciso que alguém controle 51% do hash rate e, devido a este recorde, isso está cada vez mais caro.

Ataque de 51% na Monero (XMR)

Falando em ataque de 51%, a comunidade da Monero, uma das maiores criptomoedas voltadas a privacidade, está temendo que um ataque deste tipo ocorra na rede.

Primeiramente é preciso lembrar que tal ataque não é intencional, ou seja, uma pool de mineração está próxima a obter a maioria do hash rate da moeda, hoje com 43,3%, simplesmente porque os mineradores estão dando preferência a ela.

Pools de mineração de Monero (XMR). Fonte: Mining Pool Stats

Caso chegue a 50% + 1, isso pode tornar-se um problema, visto que blocos podem ser reescritos, por exemplo, acabando com a imutabilidade das transações de XMR e então possibilitando gastos duplos.

Contudo, isso já aconteceu com o Bitcoin em 2014 quando a pool GHash chegou a 50% do poder computacional total da rede do Bitcoin.

Conforme a mineração, tanto de Bitcoin quanto Monero, é lucrativa, nenhum participante tem interesse em levar tal ameaça a rede. Portanto, agora a comunidade da XMR está pedindo para que mineradores migrem para outras pools, assim como foi conduzido com o Bitcoin em 2014.

Mineração em pool ou solo

Durante os primeiros anos do Bitcoin, a mineração era realizada de maneira independente, ou seja, o minerador era recompensado quando encontrasse um bloco. Entretanto, com a chegada de mais competição, tornou-se cada vez mais difícil encontrar blocos. Então surgiram as pools que nada mais são do que um agregador de tal poder computacional.

Desta forma os mineradores são recompensados com valores menores, porém constantes, baseado no hash rate fornecido. Todavia, surgem preocupações como o ataque acima, ainda que não intencional.

Vale lembrar alguns ainda seguem minerando solo, apenas neste ano quatro blocos foram minerados por eles. Porém, vale lembrar que isso é arriscado, ainda mais com o hash rate em seu topo histórico e com empresas prometendo ainda mais eficiência em seus equipamentos.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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