Polícia chinesa encontra Tether falso em golpe

Oficial da polícia local alerta investidores para os golpes que estão sendo praticados com criptomoedas pelo mundo.

A polícia da China encontrou Tether falso em investigações contra crimes financeiros envolvendo criptomoedas. A moeda digital, que conta com o símbolo USDT, é a terceira maior por capitalização de mercado.

Com a popularidade do Bitcoin mais moedas acabaram sendo criadas, sendo as stablecoins uma tecnologia comum no mercado atual. Comumente lastreadas em dólar, essas criptomoedas prometem paridade de 1:1 com a divisa norte-americana, mas oferecendo as vantagens das redes blockchains.

No caso da Tether, por exemplo, a emissão do dólar pode ser feita na rede Bitcoin, Ethereum, Tron, EOS, Solana e outras redes. Ou seja, a moeda USDT consegue ter características de uma moeda fiduciária e criptomoeda simultaneamente.

Essa possibilidade atraiu muitos traders para a rede de stablecoins, mas um risco pode ter sido detectado nesse setor.

Polícia da China encontra Tether falso em um golpe na região

O site chinês ChainNews publicou nesta quarta-feira (16) uma entrevista com oficiais da polícia chinesa que conduziram investigações ligadas as criptomoedas.

De acordo com os oficiais que atuam na costa leste da China, na província de Zhejiang, os usuários iniciantes correm risco ao chegar no mercado sem estudo. Isso porque, algumas situações incomuns têm sido detectadas pelos investigadores, sendo até a criação de criptomoedas falsas uma realidade.

Os oficiais da polícia lembraram que ao chegar no mercado, muitos não sabem nem distinguir uma criptomoeda verdadeira de uma falsa, com registros de Tether falso já circulando na China, pela própria rede Ethereum.

“Há algum tempo, nossa província também emitiu casos de falsificação de USDT por meio do ERC-20. Pode haver cada vez mais casos desse tipo no futuro, porque é difícil para os investidores comuns distinguir entre moedas verdadeiras e falsas. Os casos de fraude são basicamente essas categorias.”

O policial lembrou que as pessoas devem pelo menos estudar antes de investir em um mercado novo, para evitar cair em golpes tão simples assim.

A publicação do ChainNews ainda disse que para convencer investidores, as moedas falsas eram oferecidas com desconto ou até vinham com “brindes”, levando um investidor a comprar uma quantidade e ganhar um pouco a mais. Os especialistas que acompanharam a discussão lembraram que não existe almoço grátis.

Faltam padrões de mercado para ajudar polícia a identificar qual moeda é verdadeira e qual é falsa

Mas se o crime de falsificar criptomoedas é complicado para usuários comuns, também o é para policiais que investigam os crimes do tipo. Segundo a equipe policial que falou na entrevista, como a tecnologia é nova e não há padrões de mercado, até os investigadores sofrem para entender os detalhes.

“Quando apresentamos vários crimes de blockchain anteriormente, houve um caso de falsificação de tokens conhecidos. Por exemplo, USDT falso, então como distinguir entre verdadeiro e falso? Em primeiro lugar, USDT verdadeiro e falso são tokens emitidos com base no mesmo padrão técnico.

Mesmo que seja USDT verdadeiro, não há uma definição clara de seu valor em nosso sistema jurídico atual. É difícil encontrar agências de avaliação relevantes para definir qual é verdadeiro, qual é falso.”, disseram os policiais.

Na China, uma carteira de criptomoedas chamada imToken tem criado logotipos diferentes em sua interface, para quando receber moedas falsas, depositadas por usuários, enviar o alerta de risco para eles.

Mesmo assim, os oficiais da polícia querem desenvolver suas próprias técnicas de investigação no setor, que ainda é considerado nebuloso.

Vale o destaque que as criptomoedas verdadeiras não foram hackeadas nem alteradas, mas sim clonadas. Como é fácil criar um token falso, muitos tem aproveitado essa oportunidade, aliada a falta de estudos das pessoas, para perpetuar golpes sofisticados.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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