A Polícia Civil do Mato Grosso, em Cuiabá, conseguiu recuperar parte do dinheiro de uma vítima que acreditou em uma falsa corretora de criptomoedas que conheceu pela internet.
De acordo com informações sobre o caso, a investidora desconfiou de problemas na plataforma após não conseguir sacar valores e os golpistas sempre pedirem mais depósitos.
Com isso, a Delegacia Especializada em Estelionato acabou sendo acionada e agiu rapidamente. Ao todo, mais de R$ 33,5 mil foram recuperados pela polícia, prevenindo que o prejuízo da investidora fosse ainda maior.
Falsa corretora de criptomoedas recebeu vários depósitos de vítima
A vítima, uma mulher de 39 anos, procurou a Polícia Civil em Cuiabá na última sexta-feira (10). Buscando denunciar um esquema de fraudes pela internet, ela alegou que conversava com uma pessoa que se dizia representante de uma corretora de criptomoedas.
Ao conhecer a plataforma, a mulher realizou o cadastro em busca de realizar investimentos com alto potencial de lucros. Para realizar os investimentos, a mulher devia acessar o site através de um link.
O representante informou a vítima de que qualquer valor poderia ser investido, que retornaria com grande lucro. Para testar a plataforma, a mulher então enviou R$ 1 mil e rapidamente recebeu R$ 1,2 mil.
No segundo investimento, a vítima confiou R$ 5 mil na plataforma e recebeu uma rentabilidade de 5,5 mil. Confiando que a plataforma era legítima, ela se convenceu a aumentar a aposta e mandou R$ 19 mil, mas não conseguiu mais realizar saques.
“Você deve declarar o Imposto de renda”
Temendo pelo pior, a mulher procurou o representante que lhe apresentou a corretora de criptomoedas falsa, pedindo ajuda para reaver seu dinheiro.
Em resposta, a pessoa disse que a investidora havia enviado um valor muito alto para a plataforma, e por isso deveria declarar um imposto de renda. Para isso, ela deveria pagar R$ 65 mil para a plataforma, sendo que ela acreditou novamente na fraude.
Em duas transferências, a mulher enviou R$ 30 mil e depois R$ 35 mil, mas não foi o suficiente para liberar os valores da plataforma. Isso porque, a corretora disse que só poderia liberar valores caso ela se tornasse uma pessoa membro da plataforma, e deveria depositar R$ 85 mil para isso.
Temendo pelo pior, ela procurou a polícia civil do Mato Grosso, quando foi orientada sobre a fraude pela internet. Rapidamente, agentes conseguiram recuperar pouco mais de R$ 33,5 mil via bloqueio bancário, minimizando o prejuízo da vítima.
Não está claro quanto ela perdeu, mas a situação já está sob investigação da Polícia Civil, que apura quem é o autor e seus cúmplices.
O caso lembra que confiar em terceiros desconhecidos para investimentos é uma estratégia perigosa, que pode levar a ruína. Além disso, ao comprar uma criptomoeda, interessados devem procurar P2P ou corretoras conhecidos no mercado, evitando cair em ciladas.