A Polícia Civil da Espanha anunciou nesta terça-feira (15) que desmantelou uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro usando criptomoedas, localizada em Madrid.
Chamada MAUNA, a operação contou com a ajuda da EUROPOL e da Polícia Nacional da Colômbia. Já em relação aos fundos, o dinheiro lavado teria origem de outros grupos ligados ao tráfico de drogas.
As informações do comunicado oficial apontam que os valores da fraude ultrapassam centenas de milhões de euros. Além disso, a nota afirma que a criptomoeda usada pelos criminosos era a stablecoin Tether (USDT).
Grupo criminoso começou pequeno
Segundo a Polícia Civil da Espanha, inicialmente as operações dos criminosos eram feitas por poucas pessoas, sempre ligadas ao tráfico de drogas. Todavia, tanto as atividades de lavagem quanto os montantes envolvidos foram crescendo com o tempo.
Contando com diferentes hierarquias, o grupo possuía até mesmo especialistas técnicos em criptomoedas, bem como de outras áreas. Desta forma, estima-se que a organização tenha trabalhado com centenas de milhões de dólares.
No total, 8 pessoas foram presas nas cidades de Madrid e Valladolid. A operação também aprendeu 300.000 euros, várias cold wallets de criptomoedas, bem como bloqueou 30 contas bancárias e 9 imóveis. Por fim, a Polícia Civil da Espanha também destaca o bloqueio de bens avaliados em mais de 1 milhão de euros (R$ 5,85 mi).
A organização já estava tão grande que contava com empresas de fachada em diversos países como Bélgica, Suécia, Alemanha e Lituânia, entre outros.
Principal criptomoeda usada era o Tether (USDT)
Como destaque, a nota da Polícia Civil da Espanha afirmou que a organização utilizava a stablecoin Tether (USDT) em suas atividades ilegais. Possuindo uma grande quantidade de USDT, o grupo então oferecia, para outros grupos criminosos, esta stablecoin em troca de moeda fiduciária.
Além disso, a quadrilha também aplicava golpes. Como exemplo, prometia lucros através de investimentos, em uma plataforma criada por eles mesmos, e então parava de pagar seus clientes que, na verdade, eram vítimas.
Por fim, a Polícia Civil da Espanha também destacou que os criminosos gabaram-se de ter aplicado tais golpes em pessoas com condição de vida precária e até mesmo em idosos.