A Polícia Federal (PF) derrubou mais uma pirâmide de criptomoedas nesta terça-feira (3), com a deflagração da Operação Quéfren. As principais operações estão sendo cumpridas no Estado de Santa Catarina, além de cidades de outros estados.
A empresa, que não teve seu nome divulgado, era investigada desde 2019 pela autoridade do estado. Estima-se que o prejuízo aos investidores supere R$ 15 milhões, mostrando que os líderes da empresa alvo captaram muito dinheiro com a fraude.
As pirâmides financeiras são empresas de fachada que captam investidores com promessas de ganhos fixos por certo período, seja mensal, semanal ou diário. Para justificar as altas cifras prometidas, líderes associam os esquemas a algum produto ou serviço.
Nos últimos anos, várias pirâmides financeiras se associaram ao mercado de criptomoedas. Vale lembrar que para funcionar, essas fraudes dependem da entrada de novos investidores, sendo normalmente convidados por amigos ou parentes a investir em um “negócio promissor”.
Polícia Federal derruba mais uma pirâmide de criptomoedas com Operação Quéfren
Com objetivo de desarticular mais uma organização criminosa (orcrim) no Brasil, a Polícia Federal saiu as ruas na manhã desta terça. A suspeita é que empresas estejam cometendo crimes de pirâmides financeiras e contra o Sistema Financeiro Nacional.
Foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão pela 1.ª Vara Federal de Itajaí, em Santa Catarina. Dessas, 3 são de prisão temporária e outros 8 para busca e apreensão, que devem ser cumpridas em dois estados.
Em Santa Catarina, os alvos estão nos municípios de Balneário Camboriú, Tubarão e Camboriú, sendo que em São Paulo a PF também cumpre outro em Barueri, região metropolitana.
Além disso, as pessoas físicas e jurídicas envolvidas com a orcrim estão sendo alvos de bloqueios e sequestros de bens pela justiça. Estima-se que o rombo ocasionado pela fraude supere os R$ 15 milhões, sendo que 120 pessoas foram vítimas da fraude.
De acordo com a PF, os membros da organização responderão pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional.
Empresa acusou celebridade italiana de se apropriar dos recursos
A PF estima que 20 pessoas sejam parte da organização desse crime de pirâmide financeira, que teria iniciado em 2019. Eles criaram bancos digitais, mas sem autorização do Banco Central e da CVM no Brasil.
Assim, eles atuavam com promessas de lucros acima do mercado, captando recursos via depósitos bancários ou em criptomoedas mesmo.
No ano de 2021, a empresa teria encerrado suas atividades, alegando que uma corretora de criptomoedas bloqueou os valores. Além disso, os líderes culparam uma celebridade italiana de apropriar-se do dinheiro da empresa, quando um boletim de ocorrência foi lavrado contra a pessoa famosa.
Segundo a Agência Brasil, a PF acredita que essas são histórias fictícias criadas pelos líderes para se passarem por vítimas e ludibriar os clientes que cobram respostas pela falta de saques.
Vale lembrar que, em 2021, a empresa Workscore em Santa Catarina, que tinha um pedreiro como seu dono inconscientemente, sumiu do mercado e deixou investidores sem receber seus rendimentos. Não está claro ainda se essa é a empresa que foi alvo, visto que a PF não revelou o nome dos suspeitos ainda.