A Polícia Federal do Brasil (PF) vai mandar agentes para El Salvador em 2022, com o objetivo de realizarem um curso de Bitcoin no país. Vale lembrar que El Salvador é o primeiro país a legalizar o Bitcoin como moeda de curso legal, sendo possível realizar qualquer pagamento com a moeda no local.
Recentemente, o evento LaBitconf chamou a atenção da comunidade mundial para o pequeno país da América Central, que se destacou como o primeiro a comprar Bitcoin também.
A relação de El Salvador com o Bitcoin conta até com uma operação de mineração utilizando a energia de vulcões, algo que marcou essa adoção.
PF vai enviar agentes para El Salvador para curso de Bitcoin
Nos últimos anos, a Polícia Federal já passou por várias capacitações sobre o tema de Bitcoin. Recentemente, o Superintendente Regional da Polícia Federal (PF) em Rondônia, Agostinho Cascardo Junior, declarou ser fundamental a contínua capacitação neste setor, principalmente no combate a crimes.
Mas em breve, dois agentes da PF vão fazer um curso sobre Bitcoin em El Salvador, país que chamou atenção ao legalizar a moeda.
Segundo despacho publicado no Diário Oficial da União desta segunda-feira (20), assinado pelo Diretor Geral da Polícia Federal Paulo Gustavo Maiurino, ambos irão permanecer no país entre os dias 15 e 29 de janeiro de 2022.
“[…] autoriza que se afastem do país o Delegado de Polícia Federal EDER FRANCIS OLIVEIRA e o Agente de Polícia Federal CARLOS EDUARDO DE PAULA PACHECO E SOUZA, para participarem do Curso de Investigação de Uso Criminoso de Criptomoeda em San salvador/El Salvador, no período de 15 a 29 de janeiro de 2022, inclusive trânsito, com ônus limitado”.
Pelo despacho do governo, não está claro qual será a grade curricular do evento e quem o está organizando, mas mostra que os agentes da PF estão indo para um país onde o Bitcoin segue ganhando adoção e deverão ver de perto os usos da tecnologia.
El Salvador, vale lembrar, passou a Lei Bitcoin no Congresso Nacional após ser apresentada pelo Presidente Nayib Bukele, mas declarou ao mundo que tomaria medidas para que a moeda não fosse utilizada para atividades criminosas.
No Brasil, a PF já fez várias operações contra crimes envolvendo o Bitcoin nos últimos meses, seja de pirâmides financeiras, como de lavagem de dinheiro, crimes cibernéticos, entre outros mais. Com a capacitação dos agentes em um ambiente internacional, espera-se que mais conhecimento seja trago ao país, para continuar os combates a crimes previstos na legislação brasileira.