Uma nova operação da polícia após a investigação de um esquema de lavagem de dinheiro com criptomoedas prendeu 63 suspeitos em diversas províncias na Mongólia Interior, na República da China.
O país proíbe o uso de bitcoin e demais criptomoedas desde 2021, quando acusou a tecnologia financeira de ser uma ferramenta contra sua economia.
Até a mineração do bitcoin teve impactos com o banimento, com empresas correndo para países vizinhos.
Polícia da China prende 63 suspeitos de lavagem de dinheiro com criptomoedas, R$ 9 bilhões passaram pelas mãos do grupo
Em julho de 2022, a polícia de Tongliao emitiu um comunicado contra suspeitos de um crime de lavagem de dinheiro.
Iniciadas as investigações, foram três meses até que 63 suspeitos estivessem na mira das autoridades. A gangue é suspeita de lavar 12 bilhões de Yuan, utilizando para isso recursos de moedas digitais, valor que na conversão para Real ultrapassa os R$ 9 bilhões.
Um dos suspeitos foi identificado com gastos anormais no cartão de crédito. Isso porque, com movimentações acima de 10 milhões de yuan por mês, entrou na mira dos investigadores por uma possível lavagem de dinheiro.
Para a investigação do esquema de lavagem de dinheiro com criptomoedas, foram destinados 230 policiais, em 17 províncias chinesas.
Entre os meses de setembro e outubro, oficiais cumpriram mandados em vários locais do grupo criminoso. O objetivo era prender um dos líderes do esquema, Zhang Mou, que ao se ver pressionado fugiu para Bangkok, na Tailândia.
Em fuga, ele levou seus principais operadores técnicos do esquema, mas não adiantou muito. De acordo com o jornal “Beijing Youth Daily”, o grupo foi destruído pelas autoridades chinesas após diversas batidas em endereços ligados ao crime.
Quadrilha especializada em fraudes com criptomoedas
Ainda que o grupo tenha lavado bilhões de dinheiro com criptomoedas, não era essa a sua principal atividade.
Segundo autoridades chinesas, o grupo conseguia as criptomoedas após aplicar fraudes em série pela internet. Os alvos do grupo eram variados, como conversas em bate-papo, plataformas de jogos de azar, esquemas de pirâmide online, entre outros mais.
Ao receber o valor em criptomoedas, o grupo operava uma conversão dos valores em moeda corrente na China, o Yuan. Para dificultar investigações por autoridades, o crime era distribuído entre várias pessoas no país, que criavam suas tocas para operar a fraude financeira.
As investigações contra o golpe seguem na busca pela captura dos principais líderes e mais informações que ajudem a concluir o modo que operava o grupo. Por fim, todos os suspeitos podem pegar penas na China, país que restringe o uso de criptomoedas em sua população.