A policia sul-coreana prendeu responsáveis por um esquema Ponzi baseado em criptomoedas que movimentou cerca de US $ 19 milhões. As autoridades do país usaram inteligência artificial para prender os suspeitos.
De acordo com o jornal Korea Joongang Daily o esquema focava pessoas idosas e àqueles com compreensão limitada às criptomoedas. Os responsáveis por operar o esquema montaram um site de compras exclusivo para membros, bem como uma corretora de criptomoedas.
Os participantes eram encorajados a recrutar outros para o esquema, assim como acontece em qualquer outra pirâmide, e como recompensa “ganhavam” a M-Coin, uma falsa criptomoeda criada pelos golpistas. O golpe estava sendo executado em cerca de 200 escritórios diferentes em Seul e em outros lugares.
A inteligência artificial foi a chave para rastrear os culpados, que ocultavam dados contábeis em um servidor corporativo.
Segundo Hong Nam-ki, chefe da equipe de investigação do Departamento de Polícia Judiciária Especial de Seul, “Através de palavras-chave pudemos ensinar os padrões dos esquemas Ponzi à Inteligência Artificial.[…]”.
Este é apenas mais um dos recentes golpes trazidos à luz no reino das criptomoedas. Mesmo que as criptomoedas estejam ganhando popularidade, os golpes ainda acontecem. Um outro golpe bem conhecido foi a OneCoin, na Bulgária. No Brasil, a empresa Unick.Forex atualmente é investigada pelo Ministério Público por suspeitas também de operar um esquema ponzi.
A Polícia de Seul disse que a M-Coin começou em maio de 2018 e, depois de seis meses, tinha mais de 200 escritórios de vendas, e ganhou cerca de US $ 19 milhões com as taxas de adesão e vendas da suposta criptomoeda.
A maioria das vítimas do esquema “eram pessoas idosas na faixa dos 60 e 70 anos”, disse o investigador, Hong Nam-ki, a Joong Ang Daily
Hong também disse a Joong Ang Daily que, uma vez que a M-Coin percebeu que estava sendo investigada, ela começou a mover seu fluxo de caixa e registros de membros em diferentes locais. Em um estágio, alega-se que as contas de M-Coin foram mantidas em um computador que estava escondido no porta-malas do carro de um funcionário.
O investigador Hong disse que depois que o Bureau recebeu uma dica, usou o software chamado “Artificial Intelligence Investigator” para pegar o caso.