Praia, Floresta e Vale do Bitcoin: locais onde já se pode pagar com bitcoin

Bitcoin começa se espalhar em projetos pelo mundo que podem ser novos locais culturais para a comunidade.

Seja na praia, em uma floresta ou em um vale, o Bitcoin segue se espalhando pelo mundo em uma incrível velocidade. Tudo começou após uma experiência de uma pequena comunidade de El Zonte, em El Salvador.

No local, famílias conheceram o bitcoin como uma moeda a mais além do Dólar que já utilizavam para transações comerciais. Afastada da capital San Salvador, a população de El Zonte logo aderiu ao BTC como uma forma de negociar valores sem precisar ter conta bancária e aderindo a uma moeda digital global.

A experiência chamou atenção do mundo e o presidente de El Salvador então legalizou em todo o país o bitcoin como moeda de curso legal, em setembro de 2021.

Quase um ano depois, esse farol de El Zonte, chamado Bitcoin Beach, começa a se espalhar pelo mundo em várias formas.

Bitcoin na praia, floresta, vale e lago: entenda o movimento de adoção global

Uma comunidade que aparentemente era desconhecida levou um país inteiro a conhecer o bitcoin. A Bitcoin Beach de El Salvador se tornou além de um local no mapa, uma fonte de inspiração para que novos movimentos seguissem essa adoção comunitária.

Afinal, para que a adoção em massa do bitcoin ocorra, é importante que ela comece em algum lugar. No Brasil então, o movimento Praia Bitcoin chegou em Jericoacoara, no Ceará, um dos destinos mais procurados por turistas.

Na última semana, os organizadores do movimento local distribuíram 408 carteiras de papel com 1.000 satoshis dentro para alunos de uma escola municipal, apresentando para jovens brasileiros a moeda digital.

Mas muito se engana que é só na praia que é possível consumir com pagamentos em bitcoin. Isso porque, um movimento global de comunidades começou a ganhar força.

Na Guatemala, por exemplo, o movimento Bitcoin Lake começou no Lago de Atitlán, ajudando a população local a se conscientizar sobre a moeda digital e aceitar o novo meio de pagamento.

Outro movimento na América Latina ainda em fase embrionária é o Bitcoin Valley, que deve começar em Honduras, ajudando turistas a consumir com satoshis.

No Caribe, em específico na Costa Rica, as pessoas podem ir até à floresta, consumir com suas moedas digitais na região do projeto “Bitcoin Jungle”, outra comunidade que incentiva o meio de pagamento no comércio local.

Na África do Sul, o Bitcoin Ekasi é outro que utiliza o espirito comunitário para levar adiante a moeda digital para sua população.

O que todos os movimentos bitcoineirs têm em comum?

Organizados em pequenas comunidades, todos os movimentos pregam a liberdade financeira para suas populações, que são de países emergentes.

Além disso, é comum que o bitcoin seja utilizado como um meio de pagamento em comércios locais, utilizando principalmente a Lightning Network para isso.

O que chama atenção é que onde os bancos não se fazem presentes, o bitcoin se apresenta como uma solução via internet de meio de pagamentos.

Embora geograficamente pequenos, todos os movimentos independentes e descentralizados são inspirados no sucesso do Bitcoin Beach de El Zonte, mostrando que podem ser grandes passos para a adoção da moeda da internet.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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