O presidente da Unick Forex, Leidimar Lopes, é um dos seis sócios da empresa que tiveram a prisão temporária convertida em preventiva. A decisão foi decretada na noite da sexta-feira (25) pela Justiça Federal.
Leidimar está preso na Penitenciária Estadual de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre (RS). A informação foi confirmada pela própria unidade. Os nomes dos outros cinco membros detidos não foram divulgados.
Leidimar e outros oito membros da Unick Forex foram presos na quarta-feira (17), no âmbito da operação Lamanai, deflagrada em oito cidades.
Também foi expedido pedido de prisão temporária para o diretor jurídico da empresa, Fernando Marques Lusvarghi, mas ele não foi localizado. A Polícia Federal não confirmou o paradeiro de Lusvarghi.
Na semana passada, a defesa de Lusvarghi entrou com pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª região, que foi negado pelo desembargador Leandro Paulsen.
Entenda o caso
A Unick Forex, que atuava no mercado de Forex (Foreign Exchange) sem autorização da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), é acusada pela Polícia Federal de funcionar em formato de “pirâmide financeira”.
Um inquérito foi instaurado em janeiro deste ano para apurar as irregularidades da empresa. Além da PF, a Receita Federal também investiga o esquema, que somente entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018 movimentou R$ 10 bilhões por meio da S.A. Capital LTDA, que seria a garantidora de negócios da Unick.
Ao longo da investigação, ainda de acordo com a PF, foram constatadas outras práticas criminosas, a exemplo de aquisição de moedas virtuais para remeter ao exterior, em supostos atos de evasão de divisas, e lavagem de dinheiro.