Um projeto de identidade digital descentralizada em blockchain está sendo desenvolvida com ajuda da ONG Bitcoin Argentina e o BID.
Desde 2020, o projeto DIDI já entrou em fase de testes quando o ai·di começou a funcionar. O app “funciona como um porta-documentos digital que permite armazenar credenciais vinculadas a dados econômicos, cívicos e sociais“.
O objetivo principal do projeto é ajudar o governo argentino a ter mais ligação com a população, facilitando até o acesso ao crédito por produtores rurais.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), com sede em Washington (EUA), colabora com a parte financeira necessária ao projeto.
Projeto de identidade digital descentralizada na Argentina começa a ser testado em mais regiões
Na última semana, o projeto DIDI começou a realizar mais testes com a aplicação de identidade digital descentralizada. Foi anunciado o lançamento oficial de dois projetos de identidade no blockchain, sendo um deles ligados a gestão de governo digital, na província de Misiones e no município de General Pueyrredon.
O outro lançamento tem relação com a inclusão financeira de produtores rurais e comunidades indígenas da região de Gran Chaco.
O diretor do Projeto DIDI, Javier Madariaga, comemorou o lançamento dos novos testes pelo programa de inovação.
“O Projeto DIDI é um programa que promove o uso de identidade digital auto-soberana em blockchain. Este modelo tecnológico, altamente inovador em termos de identidade digital, não só garante uma gestão segura e privada das informações pessoais, mas também gera uma redução extremamente significativa nos custos de transação e verificação de informações, que são alguns dos fatores que geram atritos importantes no acesso a bens e serviços nas sociedades modernas”.
Os projetos serão realizados em parceria com a govtech OS City e a Associação Cultural para o Desenvolvimento Integral (ACDI).
Programa piloto forneceu dados interessantes para implantação dos novos testes
O programa piloto do projeto de identidade digital descentralizada, agora em expansão na Argentina, forneceu aos criadores vários dados interessantes. Há alguns dias, uma lei foi aprovada em Misiones para permitir o uso da tecnologia blockchain, fato que ampliou o leque do projeto.
O diretor do Projeto DIDI espera que esse modelo de identificação cresça, com mais empresas utilizando elas em seus processos. Ele espera também que a privacidade dos dados pessoais seja melhor com essa aplicação, pioneira da América do Sul e membro participante da LACChain.
“Nosso objetivo é fazer crescer esse modelo de identidade digital, que cada vez mais organizações o utilizem e apliquem em seus processos de trabalho.
Esta tecnologia, um exemplo claro do aproveitamento das vantagens que o blockchain oferece para além das criptomoedas, garante direitos básicos, como a segurança e privacidade dos dados pessoais, e melhora a ligação entre indivíduos e instituições”.