Após dias em queda, o preço do Bitcoin começa uma recuperação e opera em alta nessa segunda (06). Mesmo assim, um analista fez uma pesquisa nada animadora sobre o Bitcoin hoje, levantando pelo menos quatro sinais ruins para a moeda digital.
Isso porque, depois da alta histórica do Bitcoin em 2017, o preço da moeda nunca mais se aproximou da marca de U$ 20 mil. Para Larry Cermak, diretor de pesquisa em criptomoedas do portal The Block, o cenário está ainda pior em relação às métricas de interesse no Bitcoin depois da famosa alta histórica.
Desses sinais observados, nenhum poderia ter uma relação direta com o preço do Bitcoin, mas indiretamente podem causar impactos. A observação das métricas poderia ajudar a entender o atual momento do preço do Bitcoin, que opera em uma faixa bem definida por semanas.
Analista aponta quatro sinais ruins para o Bitcoin hoje, adoção em massa pode ser atrasada?
O Bitcoin é uma moeda digital ainda não tão conhecida no mundo, mesmo com sua criação sendo em 2009. Ao longo dos anos, sua comunidade aguarda um fenômeno chamado “adoção em massa”, que seria uma maior visibilidade da moeda pela população mundial.
Caso a tão sonhada adoção em massa alcance o Bitcoin, é possível que o preço exploda nas corretoras. Isso porque, o preço do Bitcoin depende de sua demanda, ou seja, quando mais as pessoas negociem, aumenta as chances de que o valor da moeda suba uma vez que a oferta é fixa.
Contudo, o Bitcoin hoje está longe da tão sonhada adoção em massa, com quatro sinais ruins para o sonho da comunidade dessa moeda. De acordo com Larry Cermak, em pesquisa para o The Block sobre o assunto, os quatro sinais demonstram que o interesse no Bitcoin está em baixa.
Um deles é o nível de interesse em Bitcoin, medidos pelo Google, que teve o auge na semana do dia 17 de dezembro em 2017. De lá para cá, o interesse medido em pesquisas no Google caíram pelo menos oito vezes, mostrando um interesse menor na moeda digital.
Outra métrica que sofre após um promissor ano em 2017 é o número de visualizações da página “Bitcoin” na Wikipédia. O tráfego na página teria caído pelo menos 31 vezes em relação à 2017.
O terceiro sinal preocupante seria em relação ao par de negociações Bitcoin/Dólar, que tem registrado um volume menor, sendo em média de U$ 2,5 milhões por dia, em comparação com a alta histórica que foi de U$ 17 mi. Por fim, Larry destacou que a comunidade no Twitter segue crescendo, mas em um ritmo menor que o visto em 2017.
O analista aponta que perfis como da Coinbase e Binance aumentaram o número de seguidores. Contudo, o ritmo de crescimento foi desacelerado, mostrando que uma eventual adoção em massa poderá atrasar.
Mercado está mais preparado para um novo rally de alta?
Apesar dos quatro sinais ruins para o Bitcoin hoje, o cenário futuro pode ser promissor. O analista aponta que na próxima corrida de touros (mercado de alta), o mercado está mais preparado para absorver o impacto.
Cabe o destaque que no final de 2017, o alto volume nas corretoras causou inúmeros problemas para investidores. Um deles foi a dificuldade de ter aprovado o cadastro em corretoras, que tiveram que restringir acessos.
Contudo, quando a alta acontecerá novamente tem sido o principal dilema dos traders de Bitcoin. De acordo com dados da Skew, a volatilidade real do Bitcoin tem sido a menor dos últimos 15 meses, ou seja, com menores oscilações de preço, a moeda digital tem tido um comportamento previsível, operando praticamente entre as faixas de U$ 8800 e U$ 9500 desde maio.
O preço do Bitcoin hoje segue cotado a U$ 9200 (R$ 49 mil), com variação positiva de 2% nas últimas 24 horas.