Quebradeira de empresas de criptomoedas ainda não acabou, alerta executivo

Assim como as criptomoedas, a internet também foi uma grande ferramenta para a evolução da sociedade. No entanto, muitas empresas aproveitaram o frenesi no final da década de 90, mas poucas conseguiram sobreviver à realidade.

Conversando com a Bloomberg na última quarta-feira (14), Scott Minerd alertou que a quebradeira das criptomoedas ainda não acabou. Suas palavras são preocupantes, afinal já vimos gigantes como Celsius, FTX e LUNA irem à falência, entre tantas outras.

Diretor de investimentos da Guggenheim Partners, empresa com US$ 325 bilhões de ativos sob gerência, suas declarações ocorreram antes do Fed elevar novamente a taxa de juros americana.

Segundo Minerd, o colapso das criptomoedas está justamente relacionado a este ponto. Ou seja, o setor cresceu muito enquanto havia dinheiro fácil, mas agora a situação é outra.

Os mais fracos caem antes, alerta executivo, apontando para as criptomoedas

É notável que a postura do Banco Central americano não afetou apenas as criptomoedas. Ações de empresas de tecnologia também tiveram perdas significativas. Entretanto, as falências atingiram principalmente o setor cripto.

Além das empresas mencionadas anteriormente, até mesmo grandes mineradoras estão à beira da falência enquanto o preço do Bitcoin cai e o custo da energia aumenta nos EUA.

De qualquer forma, o diretor de investimentos da Guggenheim Partners nota que não sabe qual será a próxima a ser atingida, mas tem certeza que mais quebras acontecerão nesta indústria.

“Há outro sapato pronto para cair — não posso dizer onde está.”

Como motivo, Minerd aponta justamente a alta da taxa de juros americana, ou seja, o fim do dinheiro fácil.

“A razão é que isso é como qualquer período em que tínhamos dinheiro fácil e muita especulação; os players mais fracos caem primeiro. As criptomoedas eram obviamente algo louco”, concluiu.

Com o Fed aumentando os juros em 0,5 ponto percentual, o Bitcoin rapidamente perdeu 3% de seu valor nesta quinta-feira (15). Entretanto, muitos acreditam que a política monetária do BC americano deve ser menos agressiva nos próximos meses, podendo ser um respiro tanto para investidores de criptomoedas quanto de ações.

Minerd é mais um que compara as criptomoedas à bolha da internet

Assim como as criptomoedas, a internet também foi uma grande ferramenta para a evolução da sociedade. No entanto, muitas empresas aproveitaram o frenesi no final da década de 90, mas poucas conseguiram sobreviver à realidade.

Tal comparação já foi realizada por diversas pessoas e Scott Minerd é mais um que acredita neste destino para as criptos.

“Um ano atrás, estávamos falando sobre criptomoedas e havia aproximadamente 19.000 moedas. [Esse setor] será lavado como a bolha da internet”.

Por fim, nota que algumas criptomoedas sobreviverão a isso, assim como gigantes como a Amazon fizeram, mas acredita que o setor precisa ser regulamentado para atingir um nível de excelência e confiança.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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