R$ 24 bilhões em Ethereum foram queimados desde agosto, entenda

Todavia, é importante notar que esta migração poderá ter impactos negativos no preço da moeda. Primeiramente as pessoas não precisarão estocar um salário mínimo para realizar transações, o que diminuirá a demanda por Ether.

Três meses após a introdução do EIP-1559 — proposta com intenção de queimar parte das taxas de transações — no Ethereum, o protocolo queimou o seu 1.000.000º Ether (ETH) nesta quarta-feira (24). Este montante é equivalente a cerca de 24 bilhões de reais.

Outros projetos já haviam mostrado a eficiência de uma moeda deflacionária, como o próprio BNB — hoje concorrente do Ethereum — que queima parte das taxas de negociação da exchange Binance. Todavia, isso não faz a queima ser uma regra, o Bitcoin não seria tão afetado por este mecanismo.

Como motivação desta queima de bilhões de reais em ETH, estão as atuais taxas da rede que por hora estão custando no mínimo 65 reais, podendo ir muito além dependendo do tipo de transação, bem como do uso da rede no momento.

Queima de tokens ajudou no preço do Ether

O preço de um ativo é baseado na oferta e demanda, desta forma a queima conseguiu reduzir a oferta de Ether no mercado, bem como atraiu os olhares de investimentos, aumentando a demanda.

Embora esta proposta, escrita por Vitalik Buterin et al, tenha sido feita em abril de 2019, ela demorou mais de dois anos para ser implementada. Mostrando que, embora mais propenso a mudanças, assim como o Bitcoin, as atualizações no Ethereum também não acontecem da noite para o dia.

Apesar de ter sido de grande ajuda para o preço do Ether, a milionésima moeda queimada também coloca as fraquezas do projeto em foco. Sua falta de escalabilidade é o principal motivo de taxas tão caras, afinal hoje é preciso cerca de 70 reais de taxas em ETH para uma simples transação.

Este número é ainda maior em transações mais complexas, como em protocolos de DeFi e transações de tokens. O próprio criador do Ethereum, Buterin, pagou 1.800 reais em uma única transação no mês passado.

Ethereum 2.0, a solução para a escalabilidade

Por conta disso, espera-se que a migração do Ethereum para Proof-of-Stake (PoS) resolva as questões de escalabilidade do protocolo. Permitindo que possam ser realizadas cerca de 100.000 transações por segundo, segundo o próprio Vitalik.

Todavia, é importante notar que esta migração poderá ter impactos negativos no preço da moeda. Primeiramente as pessoas não precisarão estocar um salário mínimo para realizar transações, o que diminuirá a demanda por Ether.

Por fim, enquanto hoje a queima está fazendo o ETH subir, devido a redução da oferta, possivelmente o PoS terá uma inflação maior que a atual, já que as taxas serão irrisórias.

Para equilibrar este contraponto, é esperado que esta atualização do Ethereum derrube projetos concorrentes, atraindo vários projetos de volta à sua órbita. Bem como o próprio Ether servindo para transações de dinheiro conforme as taxas serão bem menores e a moeda é negociada em quase todas exchanges do mundo.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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