R$ 9,3 milhões em bitcoin pertencentes a corretora falida são movidos após 3 anos

A extinta corretora canadense QuadrigaCX tem uma história tão surreal que até a Netflix decidiu produzir um filme sobre ela. No entanto, novas informações apontam que essa trama ainda não chegou ao fim.

Nesta semana, um usuário destacou que 104 bitcoins (R$ 9,3 milhões) da QuadrigaCX foram movidos pela primeira vez, no sábado (17), após mais de três anos de sua falência.

A comunidade ficou surpresa, reascendendo boatos sobre o fundador da corretora, Gerald Cotten. Segundo teorias da conspiração, Cotten teria forjado sua própria morte para não honrar os saques de seus clientes, fugindo com uma pequena fortuna em criptomoedas.

Sendo assim, muitos estão creditando esta movimentação milionária de fundos ao fundador da QuadrigaCX.

Milhões em bitcoin são movimentos três anos após falência de corretora

Conhecido como ZachXBT, o usuário chamou atenção de todos ao informar que cinco endereços ligados à QuadrigaCX movimentaram uma pequena fortuna no último sábado (17).

“Cinco carteiras atribuídas à QuadrigaCX movimentaram inesperadamente ~104 BTC em 17 de dezembro pela primeira vez em anos.”

Os maiores interessados nesta história são obviamente aqueles que foram lesados pela falência da corretora. Afinal, após três anos, estes ainda lutam para receber suas criptomoedas de volta.

Nos comentários, alguns brincam e outros falam sério. No entanto, o foco principal é Gerald Cotten, falecido em 2019, pouco antes de sua corretora deixar de processar pedidos de retirada.

“Gerry está de volta dos mortos?” brinca um usuário. “Esta é uma história louca. Eu ainda não confio na esposa [de Cotten]. O documentário foi chocante”, escreve outro.

A questão é que a defesa da corretora afirma que apenas Cotten, fundador da QuadrigaCX, teria acesso às chaves privadas que davam acesso aos fundos de seus clientes. Ou seja, para que estes bitcoins fossem movidos, Cotten precisaria estar… vivo?

Afinal, quem moveu os fundos?

O responsável pela transação de 104 bitcoins ligados à QuadrigaCX ainda é desconhecido. Segundo ZachXBT, autor da descoberta, parte dos fundos foi enviada para a Wasabi, uma carteira focada em privacidade e comumente usada por hackers.

Portanto, para abalo dos lesados, é difícil acreditar que a movimentação tenha sido feita por alguém disposto a devolver tais bitcoins. Em outras palavras, foi realizada por alguém que está buscando esconder seus rastros na blockchain.

Agora a grande questão está voltada a morte de Cotten. Ainda que sua morte não tenha sido forjada, é possível que o mesmo tenha deixado o dinheiro de seus clientes para sua esposa e que a mesma seria a responsável pela transação.

Tal suspeita está baseada no testamento de Cotten, escrito apenas 12 dias antes de sua morte, deixando todos seus bens para Jennifer Robertson.

Por fim, este é mais um exemplo de quão perigoso é deixar criptomoedas em corretoras. A cada ano diversas pessoas perdem dinheiro ao confiar em terceiros e a lentidão dos processos judiciais não parece ser uma boa opção aos lesados.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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