A Receita Federal dos Estados Unidos fez um levantamento das maiores investigações de 2021, dando destaque a dois casos envolvendo Bitcoin. Com o mercado em alta, o Bitcoin chamou muita atenção das autoridades de todo mundo, que começaram a observar com atenção movimento de investidores no setor.
Além disso, os órgãos dos governos relacionados a tributação, como a receita, começaram a enviar mais informações e exigências a investidores, reforçando regras criadas em anos anteriores. No Brasil, por exemplo, a receita alterou a forma como são prestadas informações de criptomoedas no Imposto de Renda em 2021.
Receita dos Estados Unidos destaca dois casos de investigação envolvendo Bitcoin
O chefe de Investigação Criminal da Receita Federal dos Estados Unidos, Jim Lee, parabenizou sua equipe, em uma publicação na última quinta-feira (6). Segundo ele, o trabalho feito pelo IRS-CI tem todas as características de um filme feito para a TV, que acabou com crimes de vários tipos sendo eliminados pela equipe.
“O trabalho investigativo de 2021 tem todas as características de um filme feito para a TV – desvio de fundos de uma organização sem fins lucrativos, uma rede de fraude familiar que roubou milhões em fundos de alívio da COVID e um esquema Ponzi de US $ 1 bilhão usado para comprar times esportivos e de veículos de luxo. Mas esta é a vida real, e sou grato aos nossos agentes do IRS-CI por perseguir essas pistas e garantir que os perpetradores fossem processados por seus crimes“.
Em sua publicação, ele acabou destacando os 10 principais trabalhos de investigação feitos nos Estados Unidos, destacando dois envolvendo a imagem das criptomoedas.
Dentre os casos desbaratinados pelo órgão público federal, o sexto foi de um homem chamado Hugo Sergio Mejia, que foi condenado a três anos de prisão federal. Todos os seus bens foram confiscados pela receita, após uma investigação identificar que ele lavou pelo menos R$ 13 milhões em Bitcoin para o tráfico de drogas.
Ele chegou a criar empresas para mascarar sua operação, e cobrava taxas por negociações feitas para traficantes. Segundo as investigações, Hugo é natural de Ontário, no Canadá.
Outro que foi investigado pela Receita Federal por fraudes com criptomoedas foi Rossen G. Iossifov, um homem de origem búlgara. Ele foi condenado a 121 meses de prisão federal após participar de um esquema de sites de leilões e vendas online, que anunciavam produtos falsos pela internet.
Ao receber o valor dos itens de alto valor das vítimas, Rossen operava um esquema complicado de lavagem de dinheiro, em que os valores se transformavam em criptomoedas e depois eram enviados para pessoas no exterior.
Ambos os casos mostram que dentre os 10 principais casos de investigação da IRS em 2021, dois foram relacionados a criptomoedas. Ou seja, a receita deverá ampliar as buscas no setor, que segue chamando atenção das autoridades.