spot_img

Reels, o “TikTok do Instagram” já tem venda de likes falsos com Bitcoin

Usuários podem pagar US $ 5 (R$ 27) por cada 1 mil visualizações e US$ 15 (R$ 81) para cada 1 mil likes no Reels. Há um limite de 500 mil visualizações por pedido.

O Tik Tok é uma das plataformas mais populares da internet atualmente e se tornou até mesmo uma disputa política nos EUA. Para não ficar para trás, o Instagram, que pertence ao Facebook, decidiu criar o seu próprio serviço de vídeos de até 15 segundos. No entanto, horas após o lançamento do Reels já era possível encontrar a venda de likes e visualizações falsas por meio de Bitcoin.

Como mostrado em uma matéria do Business Insider, logo após o seu lançamento, vários sites começaram a vender likes e visualizações para o Reels. E isso não é nenhum segredo enterrado na Deep Web, com uma pesquisa rápida é possível encontrar sites oferecendo visualizações por bots na plataforma.

O mais interessante é que com pouco tempo, gerentes de redes de bots (botnets) criaram um mercado em aplicativos criptografados para vender esses serviços utilizando Bitcoin.

Com isso, é muito mais difícil identificar quem oferece esses serviços de visualizações falsas, o que é prejudicial para qualquer rede social.

De acordo com o site, o administrador da botnet, que não quis ser identificado, já recebeu mais de 80 pedidos para inflar vídeos na plataforma com mais de 11 milhões de visualizações.

Ainda segundo o site, ele se recusou a informar quanto recebeu por essas compras de likes e visualizações, mas infirmou que era “o suficiente para um bom carro e uma casa decente.”

Pagamentos são feitos em Bitcoin

O gerente da rede de bots disse cobrar US $ 5 (R$ 27) por cada 1 mil visualizações e US$ 15 (R$ 81) para cada 1 mil likes no Reels. Há um limite de 500 mil visualizações por pedido.

Toda a transação é feita utilizando o Bitcoin, garantindo mais segurança para a empresa que oferecer os serviços.

Caso o cliente já seja conhecido e recorrente, o pagamento pode ser feito pelo Cash App, PayPal ou cartão de crédito.

A rede do vendedor conta com cerca de 500 mil contas do Instagram e trabalha com parceiros terceirizados quando mais contas precisam de mais visualizações e likes. As propagandas para esses serviços são feitas através de aplicativos como o Telegram, que possui criptografia de ponta a ponta.

O maior influencer que conta com esses serviços de likes e visualizações tem mais de 1.5 milhão de seguidores no Instagram.

Reels não tinha proteção nenhuma contra visualizações falsas

De acordo com o homem não identificado, foi fácil gerar as visualizações falsas no Reels e que levou apenas algumas horas para conseguir quebrar a pouca segurança da plataforma em relação a bots.

Aliás, segundo ele, não havia proteção nenhuma contra a visualização por bots no Reels.

“Eu acho que o Instagram está contente de ter nossos serviços para aumentar a popularidade da cópia do TikTok deles.”

Para provar que o serviço realmente funciona, o Business Insider publicou um Reel com apenas uma tela preta e o dia da publicação do vídeo. Através dos bots, esse Reel alcançou mais de 3 mil visualizações (todas falsas) em minutos.

reels likes e visualizações falsos
Reel com visualizações falsas. Fonte: Business Insider

Claro, como é de se esperar, as visualizações falsas prejudicam bastante uma plataforma, principalmente com muitos criadores tentando ganhar notoriedade de forma honesta.

A notícia de que o Reels está tendo visualizações falsas, e com tanta facilidade, com certeza não vai ajudar em nada na missão (quase impossível) da plataforma de ser o principal rival do TikTok.

$100 de bônus de boas-vindas. Crie sua conta na maior corretora para traders de criptomoedas e ganhe. Acesse Bybit.com

Entre no nosso grupo exclusivo do WhatsApp | Siga também no Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e Google News.

Leia mais sobre:
Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

Últimas notícias

Últimas notícias