O jogador Ronaldinho Gaúcho está sendo processado por uma investidora, que envolve seu nome com a 18K, uma empresa suspeita de operar um esquema de pirâmide financeira. Este é o segundo processo que se tem notícia desde o início de 2020.
As informações foram obtidas pelo jornal o Tempo, que afirmou que uma moradora de Bandeirantes no interior do Paraná é a autora. Devido ao conteúdo do processo, a autora preferiu não se identificar para a reportagem.
Mesmo assim, deixou claro que quer R$ 52 mil por danos morais e materiais de Ronaldinho Gaúcho. A defesa do ex-craque alega que não havia nenhuma ligação entre ele e a 18K, uma vez que foi vítima de uma fraude.
Ronaldinho Gaúcho é processado por ligação com 18K, investidora alega danos morais
Apesar de Ronaldinho Gaúcho afirmar que não há relação nenhuma entre ele a 18K, o mesmo não é o que uma investidora da empresa alega. Em um processo movido contra o ex-jogador, a investidora de 25 anos alegou que sofre com o fim da empresa.
A empresa prometia aos investidores cerca de 2% ao dia com rendimentos de Bitcoin. Contudo, a investidora afirmou que o site da 18K Ronaldinho não funciona desde setembro de 2019.
O investimento realizado pela mulher foi de U$ 10 mil na época, algo em torno de R$ 42 mil com a cotação atual. Mesmo assim, alega no processo que tem sofrido constrangimentos com a falta de pagamentos pela empresa.
O jurídico que faz defesa do jogador afirma que ele não trabalhava para a 18K, mas era apenas um garoto-propaganda. A parceria teria acabado ainda em 2019, quando Ronaldinho afirmou ter sido lesado pela empresa.
Ex-jogador não é sócio oficial da empresa 18K
Segundo informações do jornal O Tempo, Ronaldinho não figurava entre os sócios da empresa 18K Ronaldinho e Comércio Participações Ltda. Os donos deste negócio seriam Rhafael de Oliveira e Marcelo Lara, que são réus na mesma ação movida pela investidora.
O advogado da autora desta ação comentou que Ronaldinho se apresentava como sócio, convidando pessoas a entrarem na possível pirâmide financeira. Há vários materiais de publicidade com o ex-jogador anexados neste processo.
Além disso, o advogado afirmou que tentou negociar com a empresa a restituição dos valores investidos. Contudo, foram oferecidos apenas produtos de baixo valor comercial, sendo um deles até um relógio da marca Ronaldinho. Estes relógios continuam a venda em sites como, por exemplo, na Americanas custando R$ 160 a unidade.
O “pack” de investimentos em criptomoedas adquirido pela autora do processo daria direito a 2% ao dia. Em outro ponto, era oferecido 7% por indicação realizada ao negócio. A investidora, que possivelmente foi lesada pela 18K, destacou que uma parte do aporte foi sacado antes do início dos problemas. Mesmo assim, a maior parte ainda está retida na empresa.
O ex-jogador Ronaldinho afirma ter tido sua imagem vinculada de maneira imprópria pelos donos da 18K. Mesmo assim, ainda não tinham sido notificados pela justiça por este processo, logo não poderiam se manifestar quanto ao caso.
A CVM já abriu inquérito para apurar a 18K, com possíveis indícios de que essa seja uma pirâmide financeira. O Livecoins procurou falar com os responsáveis pela 18K, mas não responderam aos questionamentos até o fim desta reportagem.
