Reunindo publicações de vários oficiais do Exército Brasileiro, o EBlog recebeu nos últimos dias uma publicação sobre os potenciais que a tecnologia das criptomoedas, a blockchain, tem de ajudar na defesa dos países.
O artigo escrito pelo 1º Sargento Julio Cezar Rodrigues Eloi destacou assim a criação do bitcoin, moeda digital criada por Satoshi Nakamoto. De acordo com ele, a blockchain se tornou mundialmente conhecida após a chegada do bitcoin, mas que com o tempo ganhou outras aplicações.
“Neste sentido, cabe destacar que o blockchain é um livro-razão descentralizado e distribuído, imutável e que fornece transparência em suas transações“, diz trecho do artigo publicado.
Sargento do Exército Brasileiro publica que tecnologia das criptomoedas pode ajudar na defesa cibernética
De acordo com a análise do artigo, a ciência militar tem enfrentado muitos desafios nos últimos anos. Isso porque, a internet se tornou mais um ponto de ataque por meio cibernético, que pode afetar tanto instalações civis quanto militares.
Mas com a tecnologia blockchain, utilizada pelo bitcoin e outras criptomoedas, os sistemas cibernéticos deixam de ter apenas um ponto de falha. Como a blockchain é uma tecnologia de registros distribuídos, o artigo do sargento do Exército brasileiro indica que ela pode compor a defesa do país.
De acordo com análise do sargento, pelo menos seis pontos em uma eventual guerra poderiam contar com vantagens da blockchain, que são: “(1) detecção de intrusão; (2) monitoramento de infraestrutura; (3) gestão de batalhas; (4) gerenciamento de drones; (5) gestão das cadeias de suprimentos; e (6) comunicações criptografadas“.
O artigo ainda destacou a aplicação da blockchain no exército de três países. Nos Estados Unidos, por exemplo, ele diz que a tecnologia das criptomoedas é um escudo de segurança cibernética.
Já na Rússia, outra potência militar mundial, o uso da blockchain está em constante pesquisa em um laboratório que tenta mitigar ataques cibernéticos. Por fim, na China o uso envolve a administração de equipamentos, aprendizagem de pessoal, entre outras funções.
“Blockchain deve ser adotado pelas Forças Armadas de todo o mundo”, conclui sargento
Apesar do artigo focar no uso da tecnologia das criptomoedas como mecanismo de defesa para guerras, o sargento do Exército Brasileiro foi além em sua análise. De acordo com ele, a blockchain pode ajudar os países a protegerem suas fronteiras, atuar com segurança em missões de resgate, entre outros pontos que podem contar com benefícios inerentes da inovação.
Na conclusão, o militar brasileiro ainda apontou que os benefícios da tecnologia estão em destaque, e devem contar com apoio das Forças Armadas de todo o mundo. “Em apertada síntese, as características do blockchain como a auditabilidade, confiança, descentralização, eficiência, imutabilidade, objetividade, rastreabilidade, redução de custos e transparência, tornam o livro-razão distribuído uma oportunidade interessante de ser empregado nas Forças Armadas de todo o planeta“, finalizou o artigo.
Como noticiado pelo Livecoins, o Exército Brasileiro já conduz estudos sobre o tema da blockchain. Em 2023, por exemplo, estagiários do Exército conheceram um sistema blockchain brasileiro em seus estudos junto à Escola Superior de Guerra (ESG).