SEC processa criador de criptomoeda que valorizou 26.633%

Enquanto investidores questionaram a integridade financeira de diversas gigantes do setor após a insolvência da Terra (LUNA) em maio de 2022, Alex Mashinsky seguia com suas mentiras, afirmando que a Celsius estava bem.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, a SEC, está processando Alexander “Alex” Mashinsky, fundador e CEO da Celsius. A plataforma, que prometia retornos sobre criptomoedas, travou saques em junho do ano passado, deixando todos seus usuários no prejuízo.

O processo acusa Mashinsky de ofertar valores mobiliários sem autorização, fazer falsas promessas de retornos, mentir sobre o estado financeiro da empresa e, por fim, manipular o preço de sua criptomoeda.

Em seu auge a Celsius (CEL) chegou a valer US$ 8,02, uma alta de 26.633% em relação a sua mínima, mas desabou logo em sequência. Seu valor de mercado chegou a US$ 1,9 bilhão durante o bull market de 2021.

Segundo a SEC, a Celsius entrou com pedido de falência em julho de 2022, relatando um rombo de US$ 1,2 bilhão. No entanto, o prejuízo das vítimas é ainda maior caso somado a desvalorização da CEL.

Celsius prometia renda passiva sobre criptomoedas, mas não conseguia gerar lucros

Os problemas com o projeto iniciaram ainda em seu lançamento. Segundo o processo da SEC sobre Alex Mashinsky, CEO da Celsius, o projeto já apresentava sinais de fraude durante sua oferta inicial de moedas (ICO).

Buscando melhorar a atratividade da criptomoeda Celsius (CEL), o CEO se comprometeu a comprar US$ 18 milhões que faltavam para bater a meta de arrecadação. No entanto, a SEC alega que Mashinsky nunca cumpriu tal acordo.

As mentiras continuaram por toda história da Celsius, cuja estratégia era parecer estável e então atrair novos clientes.

“Os réus também alegaram falsamente que a Celsius tinha 1 milhão de usuários ativos na plataforma da Celsius. Ela não tinha”, aponta o processo. Os números reais seriam de 500.000 usuários, mas muitos deles já não eram ativos.

As maiores mentiras, entretanto, estavam relacionadas a lucratividade de seus negócios.

Prometendo retornos sobre depósitos de Bitcoin, Ethereum e outras criptomoedas, a Celsius afirmava que gerava lucro ao realizar empréstimos para terceiros. No entanto, conversas vazadas apontam que a empresa não era lucrativa.

“Em 2022, os negócios da Celsius eram insustentáveis e ficou claro internamente que a empresa iria falir.”

“Um funcionário chamou a Celsius de “navio afundando”, enquanto outro escreveu que “não há esperança… não há plano” e que o modelo de negócios da Celsius “está fundamentalmente quebrado””, continuou o processo da SEC. “Em 21 de maio de 2022, um executivo da Celsius reconheceu abertamente em uma mensagem interna: “Não temos nenhum serviço lucrativo”.”

Dependendo de novos aportes/investidores para honrar suas promessas de rendimentos, a Celsius era basicamente uma pirâmide financeira. As perdas chegaram a US$ 800 milhões em 2021 e US$ 165 em 2022.

CEO dizia que os fundos estavam seguros, mas não havia mais dinheiro

Enquanto investidores questionaram a integridade financeira de diversas gigantes do setor após a insolvência da Terra (LUNA) em maio de 2022, Alex Mashinsky seguia com suas mentiras, afirmando que a Celsius estava bem.

“A Celsius não sofreu perdas significativas e os fundos estão seguros”, comentou Mashinsky na data.

No mês seguinte, o CEO novamente afirmou que sua empresa possuía “bilhões em liquidez”. Dois dias após suas falas, a Celsius pausou saques.

Sabendo que seria preso em algum momento, Mashinsky até tentou fugir dos EUA, mas acabou detido em um aeroporto.

Por fim, o marketing da Celsius prometia liberdade financeira aos seus clientes, mas acabou privando-os de suas economias. O caso fica de aprendizado, para não confiarmos nossas criptomoedas a terceiros.

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Henrique HK
Henrique HKhttps://github.com/sabotag3x
Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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