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Segundo maior banco da Espanha recomenda Bitcoin para clientes, “até 7%”

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O BBVA (Banco Bilbao Vizcaya Argentaria), segundo maior banco da Espanha, começou a recomendar a compra de Bitcoin para seus clientes. Dado que a criptomoeda ainda é vista como um ativo de risco pelo setor tradicional, a porcentagem recomendada é alta.

As informações foram apresentadas por Philippe Meyer, head de soluções blockchain do BBVA, durante a conferência DigiAssets, e compartilhadas pela Reuters.

O evento, sendo realizao em Londres nos dias 17 e 18 de junho, conta com diversos nomes de peso, incluindo executivos da BlackRock, Franklin Templeton, Invesco, Fidelity, JP Morgan e outros, incluindo reguladores.

BBVA começa a recomendar compra de Bitcoin para clientes

Embora o Bitcoin tenha surgido como uma alternativa aos bancos, a criptomoeda foi ganhando uma nova narrativa ao longo dos últimos 15 anos e hoje é vista como um ouro digital.

Devido a isso, muitas gestoras, bancos e outros players da indústria tradicional passaram a se aproximar da criptomoeda.

O caso mais recente é o do BBVA, segundo maior banco da Espanha, ficando atrás apenas do Santander. Segundo Philippe Meyer, head de soluções blockchain do BBVA, o banco já está aconselhando a compra de Bitcoin há quase um ano.

“Com clientes privados, desde setembro do ano passado, começamos a aconselhar sobre bitcoin. Para o perfil mais arriscado, permitimos até 7% em criptomoedas.”

Em conversa com a Reuters, o executivo notou que o BBVA é um dos primeiros bancos globais a fazer essa recomendação. Indo além, também notou que o banco está executando ordens de compras por seus clientes desde 2021.

Além do Bitcoin, o BBVA também inclui uma única outra criptomoeda nesta cesta, o Ethereum (ETH).

Meyer também minimizou os riscos do Bitcoin, notando que o risco-retorno dessa exposição é atrativo.

“Se você observar uma carteira equilibrada, ao introduzir 3% você já melhora o desempenho. Com 3% você não está assumindo um grande risco”, comentou Meyer à Reuters.

No início do ano, Larry Fink, CEO da BlackRock, comentou que a questão não é ter ou não ter Bitcoin, mas sim descobrir quanta exposição é necessária. Na data, Fink afirmou que a criptomoeda pode chegar a US$ 700.000.

Bitcoin continua mostrando sinais de amadurecimento

O Bitcoin já foi visto como um ativo muito volátil, mas recentemente tem mostrado uma maior maturidade. Além de aguentar a pressão macroeconômica criada pelo ‘tarifaço de Trump’ em abril, a criptomoeda se mantém firme na região dos US$ 104.400 nesta semana mesmo com os conflitos no Oriente Médio.

Um dos motivos que explica isso é justamente a entrada de grandes bancos e gestoras, com clientes mais focados no longo prazo.

Dados sobre os ETFs de Bitcoin mostram isso. Nesta terça-feira (17), gestoras como Fidelity, Bitwiwe e Ark Invest viram US$ 422,7 milhões saírem de seus fundos, mas o IBIT, ETF da BlackRock, fechou o dia com entradas de US$ 639,2 milhões, seu melhor desempenho dos últimos 27 dias.

ETF de Bitcoin da BlackRock continua crescendo mesmo com tensões no Oriente Médio. Fonte: SoSoValue.

Por fim, a expectativa é que a adoção continue crescendo naturalmente em todo o mundo. Até então, poucos países mantém as portas fechadas para o Bitcoin.

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Henrique HK

Formado em desenvolvimento web há mais de 20 anos, Henrique Kalashnikov encontrou-se com o Bitcoin em 2016 e desde então está desvendando seus pormenores. Tradutor de mais de 100 documentos sobre criptomoedas alternativas, também já teve uma pequena fazenda de mineração com mais de 50 placas de vídeo. Atualmente segue acompanhando as tendências do setor, usando seu conhecimento para entregar bons conteúdos aos leitores do Livecoins.

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Henrique HK