Separação do dinheiro e estado é inevitável com o Bitcoin?

Quando será a Proclamação da República Bitcoin?

Alguns analistas acreditam que o estado deva ser responsável pela emissão de dinheiro, outros julgam que é melhor haver uma separação dessas diferentes “entidades”, utilizando, por exemplo, o Bitcoin.

O Bitcoin, de acordo com um recente relatório, poderia ser a moeda capaz de ajudar em uma possível transição. Caso se confirme, esta pode ser a maior ruptura após a separação do estado e da igreja.

A separação do estado e dinheiro é um evento certo?

Ainda no século XVI, a reforma protestante nasceu no mundo, com Lutero sendo um dos protagonistas do movimento. A noção de que os governantes detinham o direito de governar, como uma dádiva de Deus, começou a ruir aí. As várias religiões que nasceram no ocidente colocaram pressão na Igreja Católica, que detinha enorme influência.

O rompimento da religião com o Estado foi um processo complicado. Entretanto, o estado está para se separar de outra entidade, o dinheiro.

De fato, desde que os estados passaram a emitir dinheiro, a miséria tomou conta do mundo. A condução de políticas monetárias, principalmente após a criação dos bancos centrais, levou inúmeras pessoas para situação de miséria.

Além disso, há o fator da inflação, que é típico de tais sistemas centralizados de estados. Cada vez mais, na política monetária estatal, esta tem sido utilizada de forma a controlar as pessoas pelos “seus bolsos”. O Bitcoin é a moeda digital que nasceu para parar o sistema atual.

Relatório da Adamant Research demonstra a “Reforma do Bitcoin”

A Adamant Research publicou nos últimos dias um relatório totalmente polêmico. Nele, a Adamant citou que antes da reforma protestante, a Igreja Católica era a principal instituição a prover serviços espirituais.

Com a concorrência, que aconteceu de forma natural, a igreja foi perdendo sua influência. As mudanças propostas pelo Bitcoin no século XXI, de acordo com o relatório, possui enormes semelhanças com o movimento que enfraqueceu a igreja católica.

No século XVI, a principal doutrina da Reforma Luterana foi resumida com as palavras Sola Fide, que se traduz em “fé somente”. Os crentes não precisavam mais de um padre.

A concorrência dos bancos com o Bitcoin é algo que chamou atenção ainda do relatório. De acordo com os especialistas, a liberdade das pessoas está no fato de poderem escolher seu próprio sistema financeiro. Isso é algo que pode ter sido visto pela última vez apenas quando as pessoas puderam escolher sua própria religião.

No ambiente atual, o monopólio bancário está cobrando uma taxa excessiva por seus serviços, o que significa que ele corre o risco de duas formas de entrada: (a) o cidadão comum pode escolher outros distribuidores de serviços financeiros; prestador de serviços financeiros.

Quais são às quatro pré-condições para uma reforma?

Primeiramente, acabar com o monopólio de uma entidade emissora do dinheiro poderia ser a fase inicial. Assim como Lutero desafiou a Igreja Católica, o Bitcoin desafiou os bancos centrais. A Adamant Research apontou que o acordo de Breton Woods fez o dólar dos EUA ter um “privilégio exorbitante. Tal privilégio, assim como deteve a Igreja Católica, está em cheque.

O segundo ponto da separação do estado e do dinheiro com Bitcoin é a tecnologia. A igreja católica teve problemas em conter a oposição pela capacidade desta de divulgar seu trabalho. O movimento de imprensa impressa tinha acabado de surgir, ou seja, aumentava a propaganda contra a Igreja. O Bitcoin já nasceu em outra era, das telecomunicações, ou mesmo da comunicação digital. Com isso, a capacidade de ser reconhecido é muito mais rápida.

O terceiro ponto que a Adamant citou em sua pesquisa é que as pessoas atuais compõem uma nova classe econômica. Os millenials não possuem tanto interesse em finanças tradicionais. Logo, as hipóteses dessa geração ter controle dos ativos digitais em 2029 pode ser alta.

Por fim, a população atual possui a criptografia para se proteger, esta que é utilizada pelas criptomoedas. Com isso, em uma eventual reforma do Bitcoin, que provê a separação do estado e do dinheiro, a população pode confiar na tecnologia para escapar. Na época do fim da Igreja Católica, a maior parte dos opositores do regime tinham que fugir via navegação marítima. Hoje, quem quer escapar do estado e sua impressão descontrolada de dinheiro, tem apenas que comprar Bitcoin.

Mudanças estão acontecendo de forma rápida, EUA pode até perder status de reserva mundial

De acordo com Mike Novogratz, ex-gerente de um fundo de hedge dos EUA, seu país pode ficar para trás na inovação das criptomoedas. A China já começou sua corrida para essa tecnologia e tem acelerado seu passo nessa direção.

Com isso, Novogratz afirmou que se os EUA não prestarem atenção poderá em breve deixar de ser o principal país. Com isso, o status de reserva mundial que os EUA adquiriram poderia ruir em breve.

E se não fizermos a transição para um mundo digital, isso mudará. Estamos muito atrasados com um dólar criptográfico. A China está chegando. E vindo rápido. Eles estão muito à frente em fintechs. O presidente deles acabou de reivindicar publicamente seu apoio a tudo o que é blockchain. Corremos o risco de perder nosso status de reserva!

Na última semana um agente do CFTC confirmou que os EUA estão na luta para criar uma estrutura em criptomoedas. A luta pela estrutura estatal se manter será dura, mas quem pode decidir seu próprio futuro é a população no fim das contas. Afinal, de acordo com a Adamant Research, uma opção segura surgiu no horizonte.

Ao que tudo indica, o Bitcoin já balançou o dinheiro produzido pelo estado, sendo esta separação uma questão de tempo. Certamente, não será tão pacífica, mas eventualmente tem tudo para acontecer.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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