Como já dizia um famoso ditado: “A necessidade faz o sapo pular“. No início de 2020, alguns bancos centrais viram que não tem mais como evitar o assunto, e anunciaram uma parceria para criar uma moeda digital.
Cabe o destaque que este tema é muito polêmico e complicado de sair do papel, principalmente com as atuais regulamentações. O momento, porém, é crucial para apertar os cintos e buscar superar as alternativas concorrentes.
De fato o banco central dos EUA já ganhou uma associação aliada que irá propor soluções para o Dólar Digital, conforme apurou o Livecoins. Apesar da União Europeia ter se mantido distante, vê nesta terça (21), alguns estados-membros pularem neste barco.
O problema não é apenas relacionado ao Bitcoin, a maior moeda digital do mundo atualmente, mas também de empresas. O Facebook deseja criar sua própria moeda, Walmart, JP Morgan, e outros mais.
Além disso, o Banco Central da China deve anunciar ainda em 2020 o lançamento do Yuan Digital. Ou seja, o mundo vai mergulhar nas moedas digitais nos próximos meses, sendo este talvez o maior destaque das mudanças na economia em 2020.
Sete bancos centrais se unem em prol da criação de uma moeda digital
Certamente parece fácil criar uma moeda digital e oferecer a mesma para sua população. Com a Ethereum, por exemplo, em poucos minutos um token básico pode ser programado e lançado por aí.
Seguindo este raciocínio, a Venezuela lançou a Petro para poder evitar sanções dos EUA e negociar sem problemas seu petróleo. O problema é um só: a população não tem aceitado muito bem essa história que está sendo contada.
Cabe o destaque que o dinheiro é uma história apenas, que atribui valor de alguma forma. O que é R$ 1 real para um homem dentro de uma caverna? Uma forma de acender sua fogueira talvez. Mesmo assim, o dinheiro tem sido criado e oferecido para a população mundial a séculos, que aceita alguns e rejeita outros.
A próxima embrenhada para lançar um dinheiro novo será conduzida pela união de alguns países. O anúncio foi feito pelo Banco Central Europeu (ECB) nesta terça (21). Serão sete bancos centrais que pretendem planejar e desenvolver uma nova moeda digital para suas populações. São eles:
- Banco do Canadá;
- o Banco da Inglaterra;
- Banco do Japão;
- Banco Central Europeu;
- Sveriges Riksbank (Banco Central da Suécia);
- Banco Nacional Suíço;
- Banco de Compensações Internacionais (BIS).
Quais as intenções deste grupo de países com grande potência econômica?
A união mostra que o projeto não chega para brincadeira, uma vez que algumas das principais potências econômicas do mundo estão envolvidas. O ECB não delimitou um prazo, pelo menos até o momento, de quando sairá algo para o público.
De acordo com o anúncio, estes “criaram um grupo para compartilhar experiências ao avaliar os casos potenciais de moeda digital do banco central (CBDC) em suas jurisdições de origem“.
Dessa forma, pretendem avaliar casos de uso, opções de projeto econômico, funcional e técnico. Além disso, pretendem criar um sistema de pagamentos transfronteiriços, compartilhando detalhes das tecnologias. Ou seja, os bancos pretendem se ajudar na busca por uma inovação que faça frente ao Bitcoin e outras moedas que possam surgir.
Todas as ações deste grupo serão informadas ao FSB e CPMI, uma forma de tentar legitimar as práticas pesquisadas em âmbito internacional. Cabe aguardar e ver se os Bancos Centrais conseguirão empurrar a nova tecnologia para suas populações, pois Nicolás Maduro ainda não conseguiu.