
Michael Saylor, fundador da Strategy, se tornou uma das maiores vozes do Bitcoin ao investir bilhões na criptomoeda. Fonte: Bitcoin 2024/Reprodução.
A Strategy (NASDAQ: MSTR) revelou nesta segunda-feira (27) a compra de mais 390 bitcoins, totalizando 640.808 moedas em caixa, avaliadas em US$ 74 bilhões/R$ 397,2 bilhões.
Somado a isso, a empresa de Michael Saylor também recebeu uma classificação de crédito pela S&P, sendo a primeira tesouraria de Bitcoin a ser avaliada por uma grande agência.
Enquanto o Bitcoin opera em alta de 1,7% nas últimas 24 horas, ultrapassando os US$ 115.300, as ações da MSTR tiveram um salto de 3% na Nasdaq.
Como já é costume toda segunda-feira, Michael Saylor revelou nas suas redes sociais quantos bitcoins a sua empresa comprou nos últimos 7 dias. Embora longe de seus aportes bilionários, a Strategy segue acumulando moedas.
“A Strategy adquiriu 390 BTC por aproximadamente US$ 43,4 milhões, a um preço médio de cerca de US$ 111.053 por bitcoin, e alcançou um rendimento em BTC de 26,0% no acumulado de 2025”, escreveu Saylor. “Em 26/10/2025, nós mantemos 640.808 BTC adquiridos por aproximadamente US$ 47,44 bilhões, a um preço médio de cerca de US$ 74.032 por bitcoin.”
Em documento enviado à SEC, a empresa nota que o dinheiro foi levantado através dos programas STRF, STRK e STRD.
Ou seja, a Strategy não diluiu seus acionistas com vendas de suas próprias ações, o que explica o aporte relativamente pequeno quando comparado a outras compras na casa dos bilhões.
O grande destaque do dia para a Strategy fica para a classificação de crédito feita pelo S&P. Isso porque ela se torna a primeira empresa de tesouraria de Bitcoin a receber uma avaliação do tipo por uma grande agência.
“A S&P Global Ratings atribuiu à Strategy Inc uma classificação de crédito do emissor “B-” (perspectiva estável) — a primeira avaliação de uma empresa de tesouraria de Bitcoin feita por uma grande agência de classificação de risco.”
Na avaliação, o S&P diz estar confiante de que “a Strategy continuará a gerenciar de forma prudente os vencimentos de sua dívida conversível” e continue com sua estratégia.
Por outro lado, eles consideram a “sua alta concentração em bitcoin, foco de negócios limitado, capitalização fraca ajustada ao risco e baixa liquidez em dólares americanos” como fraquezas da empresa.
“A concentração da empresa em bitcoin é central para sua estratégia e provavelmente continuará a influenciar nossas classificações.”
“Embora essa estratégia seja pública e facilmente replicável, a empresa é única em sua escala, e os investidores têm fácil acesso para investir em sua dívida conversível, ações preferenciais e ações ordinárias”, escreveu o S&P.
Outro ponto mencionado é que a classificação reflete a falta de geração de fluxo da empresa, conforme a empresa depende da valorização do Bitcoin, bem como um “risco cibernético elevado” pela possibilidade da perda dessas moedas por roubo ou perda das chaves privadas.
Ainda que a Strategy use uma solução de custódia terceirizada, a agência aponta que tal empresa “cobre apenas uma pequena fração do valor total das participações”.
Uma nova avaliação pode ser publicada nos próximos meses no caso de mudanças. A análise completa pode ser encontrada no site do S&P.
Em setembro, três empresas entraram para o S&P 500, mas a Strategy foi ignorada mesmo sendo maior que duas delas. Portanto, a classificação pode ajudá-la a entrar para o índice no futuro.
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