Terceira maior petrolífera da Rússia vai minerar bitcoin

A esperança das partes envolvidas é que esta aliança entre a BitRiver e a Gazpromneft forneça às usinas de mineração de criptomoeda um fluxo intensivo de energia elétrica, produzindo até 2 gigawatts para a mineração de criptomoeda baseada em Proof-of-Work (Bicoin, Ethereum, etc.)

Em meio ao conflito entre Rússia e Ucrânia, empresas estão adotando diferentes estratégias para tentar driblar a crise econômica, com algumas apostando na mineração de criptomoedas. De acordo com um comunicado enviado à imprensa, a terceira maior petrolífera da Rússia vai minerar Bitcoin em parceria com a BitRiver.

Curiosamente, o petróleo e seus derivados têm sido um ponto de interesse na Rússia recentemente. Com as relações entre o país e o resto da Europa em crise, o petróleo subiu de preço na zona do euro, enquanto na Rússia a oferta é maior que a demanda.

Em meio a esse cenário delicado, a empresa estatal de gás Gazpromneft anunciou uma aliança com a mineradora de criptomoedas BitRiver. Através dessa parceria, a BitRiver vai aproveitar a energia elétrica derivada de atividades petrolíferas para a mineração de criptomoedas, especialmente o Bitcoin.

“Nos próximos dois anos, a BitRiver pretende implementar projetos para criar seus próprios data centers para computação intensiva com energia com potência de escala de até 2 gigawatts, incluindo de origem de gás liquefeito de petróleo, que também fornecerá consumo de energia alto e estável.”, disse a BitRiver em um comunicado.

A esperança das partes envolvidas é que esta aliança entre a BitRiver e a Gazpromneft forneça às usinas de mineração de criptomoeda um fluxo intensivo de energia elétrica, produzindo até 2 gigawatts para a mineração de criptomoeda baseada em Proof-of-Work (Bicoin, Ethereum, etc.)

Com o problema de vender a produção de gás até de energia para o resto da Europa em meio as sanções feitas pela Otan, a mineração de Bitcoin pode ser uma maneira de ajudar a aumentar o lucro da companhia e de outras que também adotarem a mesma estratégia.

Criptomoedas na Rússia em meio a guerra

Desde o início da invasão da Ucrânia pela Rússia a economia é uma preocupação dos dois lados, com tanto a Rússia quanto a Ucrânia adotando limitações bancárias para os seus cidadãos.

Com isso, o criptomercado tem sido também um ponto de discussão em ambos os lados, com a Rússia chegando até mesmo a anunciar que está considerando ativamente o uso de criptomoedas como forma de pagamentos internacionais (o que envolve a venda do seu petróleo, por exemplo).

No entanto, ao mesmo tempo, as autoridades do país argumentam que as criptomoedas oferecem risco à Economia. A situação da mineração por lá é mais leve, mas ainda assim é um assunto que precisa ser discutido e que as autoridades não possuem uma opinião definitiva sobre.

Pode ser que a atual crise acelere a adoção do criptomercado, caso a parceria com a BitRiver se mostre favorável.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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