Administradora da Zona Franca de Manaus em busca de capacitação tecnológica (Foto: Suframa/Divulgação)
A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), autarquia ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), anunciou a contratação de um treinamento em novas tecnologias de uma empresa dos EUA, com parte do conteúdo sendo em blockchain.
Conforme apurado pela reportagem, a contratação se deu em regime de dispensa de licitação. A legislação brasileira permite contratar sem licitações quando a contratada se mostra especialista no tema de natureza técnica.
No entanto, a empresa contratada é a Global Alumni Corp, desconhecida no Brasil e com poucas informações públicas sobre desempenho de alunos.
Apesar do preço de R$ 52.028,73 pagos por apenas uma vaga do curso, o conteúdo apresentado se dará em formato não presencial.
“Contratação de pessoa jurídica especializada na prestação de serviços de capacitação para aquisição de 01 (uma) vaga no ” Curso de Certificação profissional em Transformação Digital”, na modalidade online, comercializado pela Global Alumni, a contar de 30 de junho de 2025, pelo período de 09 (nove) meses“, diz o ato de contratação direta da empresa estrangeira.
O conteúdo do curso de duração de nove meses para uma pessoa do Suframa, de acordo com apuração da reportagem, é amplo em novas tecnologias emergentes.
Desta forma, além da tecnologia blockchain, o formando deve aprender sobre tecnologias em nuvem, inteligência artificial, internet das coisas e cibersegurança.
“Ação de capacitação “Digital Transformation: From Ai and Iot to Cloud, Blockchain, and Cybersecurity”, conforme autorização do ordenador de despesas“, diz a contratação pública.
Vale lembrar que o Governo Federal do Brasil tem buscado nos últimos anos acelerar a estratégia digital, sendo a blockchain uma das tecnologias reconhecidas como função de preservação de dados seguros e imutáveis. Assim, a nova contratação da Suframa segue as diretrizes nacionais pela busca de modernizar seus processos com novas tecnologias.
Desconhecida na internet, não está claro como a empresa “euro-americana”, que se apresenta como uma startup de educação, ou edtech, ganhou uma contratação expressiva no Brasil, inclusive com dispensa de licitação.
Prova que a empresa não tem uma grande fama são os números de suas redes sociais, como X e Instagram, que não possuem nem 1 mil seguidores.
O Livecoins não encontrou contato da empresa para comentários sobre suas operações e como tem apresentado conteúdos inovadores, mas o espaço segue em aberto para comentários.
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