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Willian Bigode tem 30% do salário bloqueado em caso de golpe com criptomoedas

Ex-companheiro do Palmeiras, lateral Mayke pediu bloqueio de salário de Willian para recuperar seu investimento na Xland.

O jogador do Fluminense emprestado ao Athletico-PR, Willian Bigode teve 30% de seu salário bloqueado pela justiça para ressarcir uma vítima de um golpe com criptomoedas.

A decisão, publicada pelo Globo Esporte, atende a um pedido da defesa do lateral do Palmeiras, Mayke. O ex-companheiro de Willian no clube paulista de futebol investiu na empresa Xland Holding Ltda.

A empresa com sede no Acre afirmava realizar a gestão de criptomoedas dos clientes. Contudo, desde 2022, travou saques alegando ter perdido tudo na corretora falida FTX.

Além de Mayke, Gustavo Scarpa também foi um dos ex-companheiros de Willian em sua época de Palmeiras a processar a empresa.

“5% ao mês”: lateral do Palmeiras consegue bloqueio de 30% do salário de Willian Bigode após golpe com criptomoedas

Com promessas de rendimentos de 3,5% a 5% ao mês, a Xland captou milhões de reais com jogadores de futebol brasileiros. Além de Gustavo Scarpa e o lateral Mayke, o próprio Willian Bigode alega ter perdido 17 milhões de reais no possível golpe.

Acontece que a empresa afirmava aos clientes ter um lastro em pedras preciosas, que ainda não se comprovou a existência e valor. Ou seja, os clientes temem ter perdido tudo.

No Tribunal de Justiça de São Paulo, uma nova decisão determinou que tanto o Fluminense, quanto o Athletico-PR, bloqueiem 30% do salário de Bigode. O valor em juízo deverá permanecer a disposição para ressarcimento de Mayke.

Em nota, a defesa de Willian Bigode declarou que pretende recorrer da decisão em instâncias superiores. Além disso, os advogados afirmam que o jogador, suas sócias e sua empresa WLJC não possuem responsabilidade pela gestão da Xland.

O que foi a Xland?

Os clientes da Xland enviavam para os donos da empresa e seus operadores um valor para investimentos. Na prática, a gestora de criptomoedas que operava sem autorização da CVM no Brasil prometia rentabilidade entre 3,5% e 5% ao mês.

Ao atrair os jogadores Mayke e Gustavo Scarpa, mais de 10 milhões de reais chegaram ao negócio. Já Bigode alega ter perdido R$ 17 milhões.

Mas no Reclame Aqui, a Xland Gestora de Investimentos reúne vários depoimentos de clientes que alegam um grande prejuízo no negócio. Em resposta a empresa culpa a FTX e diz que já acionou o seguro do negócio.

“Devido a toda situação que tivemos com a FTX, a empresa acionou o seguro, estamos no aguardo do banco fazer o repasse dos valores para darmos prosseguimento com os pagamentos e devoluções dos clientes que solicitaram, todos os assessores da empresa foram informados e instruídos a repassarem a situação aos clientes, a empresa não tem a intenção de [Editado pelo Reclame Aqui] ninguém e todos os valores serão repassados para os clientes, e qualquer dúvida ou esclarecimento está sendo prestado via WhatsApp no setor financeiro da empresa e via e-mail no setor de compliance: compliance@xlandholding.com.”

De qualquer forma, tudo indica que as tratativas para reaver o dinheiro dos clientes seguem indefinidas, com ações na justiça pedindo a devolução do dinheiro dos jogadores lesados.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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