Segundo o estudo realizado pelas universidades Carlos lll de Madri e King’s College de Londres, analisou que cerca de 4,3% de todas as moedas Monero em circulação (cerca de R$ 210 milhões) foram mineradas por vírus.
Monero é a mais utilizada devido aos seus mecanismos de segurança para manter as transações anônimas. Na rede Monero, é criado uma espécie de senha que muda a cada transação, os valores transacionados só são visualizados por quem têm acesso a essa senha. Além disso, impede a identificação de quem transferiu os valores deixando público apenas um identificador que não é vinculado a nenhuma carteira. Esses, só podem ser desbloqueados pelo dono.
Como a mineração do Bitcoin está cada vez mais tomando espaço com as mineradoras ASICs a tendência é que o processo de minerar seja mais centralizado, retirando assim os computadores domésticos.
Com isso, em vez de minerar Bitcoin, que tende a ser o mais lucrativo, os criminosos migram para outras criptos como a Monero, que são relativamente seguras, para distribuir vírus e contaminar computadores domésticos fazendo com que esses façam a mineração, ou muitas vezes “sequestram” o computador e pedem um resgate em alguma criptomoeda.
Vírus como o Adylkuzz e o ransomware WannaCrypt em vez de sequestrarem o computador da vítima e pedirem um resgate, transformam os computadores em “zumbis” e os usam para minerar Monero
Na sua maioria, os vírus não causam problemas sérios, como roubo de dados, por isso podem passar despercebidos pelo usuário.
Como foi feito o cálculo?
Para calcular o quanto os criminosos ganharam com os vírus, basta seguir as contribuições que o computador da vítima fez em uma pool de mineração, sem os dados da pool de mineração, é improvável a vinculação de transações.
Porém, os ganhos dependem do preço do Monero, que desde o ano passado vem diminuindo seu valor de R$ 1.8mil para R$ 180.
Fonte: G1