Mathew Mellon investiu 2 milhões de dólares em Ripple (XRP) quando a criptoeconomia não era tão popular quanto hoje, o bilionário morreu aos 54 anos após anos de luta contra o vício em drogas enquanto frequentava um centro de reabilitação no México para lidar com uma dependência admitida de opiáceos.
A fortuna de Mellon em Ripple já foi avaliada em 1 bilhão de dólares quando a criptomoeda teve sua maior alta no inicio de 2018. Na cotação do XRP atual o valor estimado é de 500 milhões de doláres.
“Foi 1 bilhão de dólares virtual de graça. Eu só ganhei porque eu era a única pessoa que estava disposta a levantar a mão”, Minha família achou que eu era louco, mas eu sabia que era o certo”
Mellon manteve seus XRP guardados em “cold wallets” nos Estados Unidos. Com seu falecimento repentino não é possível saber se ele criou medidas de segurança que garantissem um processo de recuperação dos criptoativos quando ele falecesse.
A grande maioria das pessoas se preocupam com segurança em criptomoedas e garantem que ninguém tenha acesso a chaves privadas ou seeds de recuperação de senha, isso é uma recomendação comum no mercado, os ativos ficam guardados em aplicativos, exchanges, carteiras on-line ou carteiras de hardware como a Ledger. As senhas de carteiras e frases mnemônicas para recuperação são conhecidas apenas pelos detentores, devido a isso, não existe forma garantida de que outra pessoa, como um familiar possa “recuperar” os fundos.
O cenário indica que o saldo em XRP de Mellon não será recuperado a menos que ele tenha criado um método de recuperação ou que outra pessoa da família tenha acesso à chave privada e carteira, caso contrário, $500 milhôes em XRP serão perdidos para sempre.
Isso faz investidores em criptomoedas refletirem sobre uma questão: O que acontece com os criptoativos em caso de falecimento ? Bom, caso não exista nenhum plano de backup, os ativos serão realmente perdidos para sempre, uma solução interessante seria um smartcontract, mas isso é assunto para um novo artigo.