Ambientalistas criticam adoção do bitcoin por políticos americanos

A mineração de criptomoedas é conhecida por consumir muita energia e ter um impacto ambiental negativo, algo que é uma preocupação cada vez maior em meio a uma crise climática que o mundo enfrenta.

Recentemente vimos uma onda de adoção do Bitcoin, não por investidores, mas sim por figuras políticas que querem tornar suas administrações um exemplo para o criptomercado, no entanto, nem todos estão embarcando nessa ideia e acreditam que há um risco para o meio ambiente.

O recém eleito prefeito de Nova York, Eric Adams, já deixou claro que o plano da sua administração é tornar a cidade um hub das criptomoedas e destacá-las como o centro do Bitcoin nos EUA. Já a cidade de Miami está avançado para fazer exatamente a mesma coisa, criando a sua própria criptomoeda e apoiando o Bitcoin diretamente, até mesmo distribuindo a renda que a cidade conseguiu com a criptomoeda. 

Mas, como é de se imaginar, nem todo mundo estão tão animado com a ideia, já que a preocupação com o meio ambiente é algo que incomoda alguns sobre essa rápida aceitação das criptomoedas.

Ambientalistas

A mineração de criptomoedas é conhecida por consumir muita energia e ter um impacto ambiental negativo, algo que é uma preocupação cada vez maior em meio a uma crise climática que o mundo enfrenta.

O The Guardian destacou o estudo de Benjamin A. Jones, um economista da Universidade do Novo México, que acredita que os impactos ambientais e climáticos do “proof-of-work”, como do Bitcoin, deveriam preocupar as pessoas.

Para Jones, essas criptomoedas que necessitam de trabalho de mineração para competir e validar suas transações dependem e grandes fazendas que consumem muita energia e elas utilizam, predominantemente, energia proveniente de combustíveis fósseis, o que aumenta a emissão de carbono no ambiente.

“Essas emissões poluentes prejudicam a saúde humana e a emissão de carbono leva a danos climáticos.”

Estudo

Jones também foi o coautor de um estudo que estima que em 2018 cerca de cada US$ 1 criado em valor no Bitcoin estava associado a US$ 0.49 em danos de saúde e ambientais para os EUA, indicando que o impacto negativo da mineração de Bitcoin era de cerca de metade do valor da moeda.

“Essa é uma tremenda negatividade externa da mineração do Bitcoin que está colocando custos significativos na sociedade, até mesmo naqueles que não usam Bitcoin ou criptomoedas.”

Uma carta enviada ao Congresso dos EUA no mês passado assinada por um grupo de ambientalistas também deixou claro que não estão à favor de uma sociedade mais voltada ao criptomercado. A carta destaca, entre muitas preocupações, a grande quantidade de emissão de carbono gerada pela mineração do Bitcoin e Ethereum.

Por mais que esse seja um grande debate e que há diferentes lados a serem analisados sobre o impacto das criptomoedas e da mineração no meio ambiente e na sociedade, com certeza esclarecer essas dúvidas e preocupações será um grande desafio para governos não autoritários que querem tornar o criptomercado parte da sociedade.

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Matheus Henrique
Matheus Henrique
Fã do Bitcoin e defensor de um futuro descentralizado. Cursou Ciência da Computação, formado em Técnico de Computação e nunca deixou de acompanhar as novas tecnologias disponíveis no mercado. Interessado no Bitcoin, na blockchain e nos avanços da descentralização e seus casos de uso.

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