Segundo informado pela Reuters, reguladores bancários dos EUA pretendem dar mais clareza sobre até onde bancos podem ir em relação as criptomoedas. Dentre as pautas estão manter criptos em seu balanço, emitir stablecoins e facilitar a negociação de criptomoedas em nome de seus clientes.
Neste grupo de reguladores estão as três agências mais importantes dos EUA: O Federal Reserve (Fed), o Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) e o Office of the Comptroller of the Currency (OCC).
Esta corrida das criptomoedas já teve início em outros países, como El Salvador que adotou o Bitcoin como moeda legal. Bem como na Estônia onde o maior banco permitirá que seus clientes negociem criptomoedas diretamente pelo seu aplicativo.
Faca de dois gumes
Esta maior clareza regulatória contém tanto pontos positivos quanto negativos. De um lado poderemos ver uma maior adoção do Bitcoin, à medida que será mais fácil ter acesso à criptomoeda conforme bancos estarão mais livres para este tipo de operação.
Por outro lado, os cidadãos terão menos privacidade conforme será mais fácil para que o governo monitore tais negociações.
“As agências identificaram uma série de áreas onde é necessário maior clareza”
Embora o Bitcoin e outras criptomoedas não sejam banidos nos EUA, também não há muita clareza sobre até onde bancos e outras empresas podem empreender de maneira confortável, ou seja, dentro da lei. Por conta disso, há muita pressão tanto do setor tradicional quanto do ramo de criptomoedas, como exchanges e mineradores.
“Ao longo de 2022, as agências planejam fornecer maior clareza sobre quais atividades relacionadas a cripto-ativos conduzidas por organizações bancárias são legalmente permitidas e as expectativas de segurança e saúde [financeira], proteção ao consumidor e conformidade com as leis e regulamentos existentes.”, apontaram os reguladores.
Já está acontecendo em outros países
A necessidade de uma legislação clara é um tanto quanto urgente, afinal outros bancos e países já deram início a esta corrida das criptomoedas. Como exemplo temos o maior banco da Estônia, o LHV, que anunciou nessa quinta-feira (18) que seus clientes poderão negociar criptomoedas.
Esta negociação acontecerá diretamente dentro do próprio aplicativo do banco. Nele os clientes poderão comprar até 8 criptomoedas diferentes, incluindo Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e Litecoin (LTC). A negociação será intermediada pela exchange Bitstamp e os fundos custodiados pela BitGo.
Ainda que não seja a forma ideal de usar o bitcoin, este é um grande passo para a adoção da criptomoeda tanto como moeda quanto como reserva de valor. E obviamente os EUA não querem ficar de fora, pois isso gera tanto receita quanto empregos ao país.