Segundo análise da BitPay, provedora de serviços de pagamento com criptomoedas, o Bitcoin está perdendo sua dominância não apenas em capitalização de mercado mas também como moeda.
A porcentagem de compras que já foi de 92% em 2020 agora está na faixa dos 65% com o Bitcoin perdendo espaço para memecoins e especialmente para Ether (ETH) e stablecoins.
No total, a empresa afirma que possui um volume de transações anual de 1 bilhão de dólares (R$ 5,5 bi). Sendo um dos principais provedores de tais serviços no mundo, criando uma ponte entre usuários e comerciantes que desejam oferecer a opção de tal tipo de pagamento.
Dominância do Bitcoin
O Bitcoin começou 2022 com o menor nível de dominância dos últimos três anos, em termos de capitalização de mercado. A forte competição das moedas focadas em contratos inteligentes e o surgimento de diversas outras altcoins como aquelas focadas no metaverso podem ser o motivo desta baixa.
Já em relação ao uso dessas moedas no dia a dia, o Bitcoin também está perdendo espaço. De acordo relato da BitPay à Bloomberg, o uso de Bitcoin na sua plataforma caiu de 92% em 2020 para 65% atualmente.
Apesar de ainda ser uma porcentagem maior do que a dominância por capitalização, hoje em 44%, este número é um forte indício de que outras moedas estão ganhando terreno e adoção. Estas são as moedas mais usadas na BitPay:
- 65% – Bitcoin (BTC)
- 15% – Ether (ETH)
- 13% – Stablecoins
- 3% – Litecoin (LTC)
- 3% – Dogecoin (DOGE)
- 3% – Shiba Inu (SHIB)
Outra justificativa pode ser o fato de que o BTC é a melhor reserva de valor dentre elas. Afinal as pessoas preferem gastar moedas inflacionárias enquanto guardam bitcoin, hoje mais usado como proteção.
Pessoas gastam menos quando o preço cai
Outra observação importante de Stephen Pair, diretor executivo da BitPay, está relacionada ao comportamento dos usuários. Segundo ele, as pessoas tendem a economizar quando o mercado está em baixa.
“Nosso negócio vai e vem até certo ponto com o preço, quando o preço cai, as pessoas tendem a gastar menos”
Ou seja, as pessoas estão dando valor aos seus satoshis, gastando-os em períodos de abundância e acumulando o máximo possível em perídos de baixa. Até mesmo o prefeito de Nova York afirmou que a melhor hora para comprar BTC é quando ele cai.
Por fim, caso o inverno das criptomoedas tenha chegado, esta é a melhor hora para acumular satoshis em sua carteira para então gastá-los no próximo verão.