Com o bitcoin em forte queda nestes últimos dias, os céticos gritaram que o Bitcoin está morto pela 376.ª vez. O último deles foi Ross Clark, jornalista britânico através do artigo “Criptos estão mortas”, publicado nesta segunda-feira (9).
Além de Clark, outros velhos críticos do Bitcoin tentaram jogar terra no Bitcoin neste ano, totalizando 11 “obituários”. Dentre eles, Peter Schiff e Charlie Munger falaram sobre o assunto mais de uma vez, juntando-se a outros sete.
“Criptomoedas estão mortas”
A mais recente “morte” do Bitcoin foi publicada no The Spectator, jornal britânico criado em 1828. Na oportunidade, o jornalista Ross Clark afirma que o Bitcoin e outras criptomoedas falharam em servir como uma proteção contra a inflação, enquanto as moedas fiduciárias também estão morrendo.
“Muitos pensaram que o Bitcoin e outras criptomoedas poderiam se tornar uma proteção contra a inflação. Essas esperanças foram frustradas. Enquanto a maioria das moedas está se desvalorizando em relação aos ativos do mundo real, as criptomoedas estão caindo de valor mais rapidamente.”
A publicação, intitulada de “Criptomoedas estão mortas”, foi publicada nesta segunda-feira (9), após o Bitcoin bater os 30.000 dólares, registrando queda superior a 50% desde seu topo histórico.
“Bitcoin não estará vivo daqui a uma década”
Peter Schiff, famoso crítico do Bitcoin, já “matou” o Bitcoin duas vezes neste ano. Em sua primeira profecia, publicada em fevereiro, o crítico afirmou que “a vela do Bitcoin logo se apagará”. Indo além, comentou que as pessoas obcecadas pelo Bitcoin estão vivendo no passado e que o ouro é o futuro.
Dois dias depois, Schiff tuitou que o Bitcoin não durará outra década, novamente comparando os ganhos do ouro ao do BTC do início do ano até aquele momento.
“As pessoas ainda obcecadas pelo Bitcoin estão vivendo no passado. Ouro é o futuro. Os últimos dez anos são irrelevantes para o que acontecerá nos próximos”, disse Peter Schiff em seu tuíte. “Esta é a hora do ouro brilhar. A vela do Bitcoin logo se apagará. Os HODLers do Bitcoin que não entenderem a mudança perderão tudo!”
“Bitcoin não estará vivo daqui a uma década”
Bitcoin é “repugnante e contrário aos interesses da civilização”
Charlie Munger, braço direito de Warren Buffett, foi o que pegou mais pesado. Em entrevista à CNBC no início deste mês, afirmou que o Bitcoin é “repugnante”. Já em fevereiro, comparou a criptomoeda a uma doença venérea.
“Devo dizer que todo o maldito desenvolvimento é repugnante e contrário aos interesses da civilização”
Lista segue crescendo
Além destes destacados, Hamilton Nolan, escritor em jornais como The Guardian e In These Times, comparou as criptomoedas ao fascismo em seu artigo intitulado “A bomba-relógio do criptofascismo”.
Já Martin Armstrong, consultor financeiro, questionou em seu blog se o fim das criptomoedas estão chegando. Na matéria, Armstrong fala sobre a regulação destes ativos conforme a guerra da Rússia avançava.
“Avisei no blog privado que as criptomoedas podem acabar sendo suspensas. A desculpa será a Rússia […]”
Bitcoin, vivo por mais um dia
Por fim, críticos e cético já mataram o Bitcoin 376 vezes, entretanto, ele segue mais forte do que nunca. Um bom exemplo disso é uma famosa frase de Hal Finney, dita ainda em 2011 quando o BTC valia apenas 10 dólares.
“A cada dia que passa e o Bitcoin não entrou em colapso por problemas legais ou técnicos, isso traz novas informações ao mercado. Aumenta a chance de sucesso eventual do Bitcoin e justifica um preço mais alto.”