O Itaú Cultural abriu uma chamada para criadores de conteúdos em metaverso, inclusive com criptomoedas, para participarem de um concurso cultural. As inscrições vão até o final do mês, podendo participar pessoas físicas e jurídicas da iniciativa.
Essa é uma iniciativa do Itaú Cultural, organização que busca a promoção da cultura brasileira, seja com pesquisas ou produção de conteúdos.
O interesse no tema do metaverso mostra que a instituição está antenada com as novidades da chamada Web3. Na última semana, em parceria com a Folha de São Paulo, a instituição promoveu um seminário dos desafios dessas inovações, conversando com especialistas do setor.
Itaú Cultural abre chamada para criadores de metaversos participarem, produtos com criptomoedas também podem participar
Desde que o Facebook mudou seu nome para Meta e anunciou sua entrada no metaverso, essa tecnologia de imersão virtual ganhou fama e muito interesse pelo mundo.
No Brasil, por exemplo, o Santander promove um encontro para startups de criptomoedas do país, usando para isso um espaço comprado no metaverso Decentraland.
Com alto interesse no setor, o Itaú Cultural então promove uma chamada pública para que produtores de conteúdo em metaverso participem. Ao final, dez projetos serão escolhidos para receber aportes financeiros.
“O Chamamento Itaú Cultural de projetos de Arte e Cultura no metaverso foi pensado para desenvolvedores, artistas, pesquisadores, produtores – incluindo pessoas físicas, bem como coletivos e empresas –, convidando-os a apresentar seus projetos, ainda em fase de desenvolvimento, nos universos de metaverso, focados na arte e na cultura brasileiras e especialmente direcionados à formação; preservação; memória; fruição; e/ou criação/concepção de projetos artístico-culturais.”
De acordo com o edital, as inscrições vão até o dia 26 de julho de 2022, sendo vetada a participação dos próprios funcionários da fundação.
Quem está criando um metaverso com criptomoedas pode participar dessa chamada pública. Contudo, o edital deixa claro que os custos das soluções devem ser pagos pelos próprios criadores, inclusive taxas de rede, ou aluguéis de terrenos, entre outros.
“É de responsabilidade da pessoa interessada tudo o que envolve o mundo criado na plataforma escolhida. Por exemplo, utilização de obras intelectuais (músicas, fotos, textos etc.) e/ou o registro de imagem/voz de terceiros; custos de transações em criptomoedas assim como guarda, locação, mensalidade e custos de terrenos, wearables etc, se aplicável.”
Metaverso terá de ser construído em até 12 meses após assinatura de contrato
Para escolha dos 10 projetos vencedores, haverá duas etapas de seleção feita pelo Itaú. Após a escolha e a assinatura do contrato, os vencedores terão 12 meses para concluir suas soluções caso ainda estejam sendo finalizadas.
As soluções de metaverso poderão ser utilizadas pelo Itaú Cultural, de forma não exclusiva, por dois anos, sem pagamento de novas taxas. Todas as regras devem ser lidas pelos interessados, que poderão ajudar a instituição cultural a entrar nesse ecossistema virtual.
O Itaú Cultural foi criado como um braço do Itaú Unibanco para promover atividades culturais no Brasil. Vale o destaque que o braço do banco está para iniciar uma jornada no mercado de criptomoedas, com a possibilidade de lançar até uma corretora para negociações no mercado à vista.