Mark Zuckerberg foi questionado em uma carta de um grupo de senadores americanos sobre o que ele planeja fazer para combater golpes com criptomoedas em suas plataformas Facebook, WhatsApp e Instagram.
Os senadores pediram ao CEO da Meta (Ex Facebook) para explicar o que será feito por sua empresa para lidar com os casos crescentes de golpes com criptomoedas nas redes sociais.
A carta enviada pelos senadores em 8 de setembro, solicita que informações detalhadas fossem fornecidas até 24 de outubro para uma série de consultas, incluindo as políticas atuais da Meta para encontrar e remover golpistas de criptomoedas de suas plataformas.
Golpes com criptomoedas no Facebook, Instagram e Whatsapp
Entre os pedidos, os senadores exigem que a Meta explique os procedimentos para verificar se os anúncios com criptomoedas não são fraudes, as políticas para banir golpistas de suas redes sociais e como a empresa está cooperando com as autoridades para rastrear os criminosos.
Os senadores decidiram enviar a carta depois que um relatório do Federal Trade Commission (FTC) revelou que os golpes com criptomoedas aumentaram significativamente nas redes sociais de Zuckerberg.
No relatório publicado pela FTC em junho, foi revelando que cerca de 50% das pessoas que perderam dinheiro com golpes de criptomoedas desde 2021 alegaram que ele se originou em uma plataforma de mídia social.
O Instagram da Meta facilitou 32% dos golpes relatados, enquanto o Facebook e o WhatsApp foram citados 26% e 9% das vezes, respectivamente.
“Com base em relatórios recentes de fraudes em outras plataformas e aplicativos de mídia, estamos preocupados que a Meta forneça um terreno fértil para golpes de criptomoedas que causem danos significativos aos consumidores.” – disse o senador Robert Menendez ao The Washington Post.
De acordo com a carta dos senadores, golpes dessa origem custaram aos usuários cerca de US$ 417 milhões. Os membros do Comitê Bancário do Senado incluem Bob Menendez, de Nova Jersey, que liderou o comitê, Sherrod Brown, de Ohio, Elizabeth Warren, de Massachusetts, Dianne Feinstein, da Califórnia, Bernie Sanders, de Vermont, e Cory Booker, de Nova Jersey.
De acordo com o relatório da FTC, mais de 95.000 usuários perderam cerca de US$ 770 milhões em fraudes feitas em redes sociais. Mais de 70% dos golpes relatados foram classificados como golpes de investimento, romance ou compras online.
Um estudo da BBC revelou que milhares de vítimas perderam mais de US$ 18 milhões em golpes nas redes sociais. A maioria dos golpes usa a imagem de personalidades influentes como Elon Musk.