A Binance liberou mais informações sobre sua intenção de treinar mais autoridades pelo mundo em criptomoedas, com um programa global que já começou a ser visto na América Latina.
Em 2021, a Binance recebeu vários pedidos de esclarecimentos de governos e chegou a ser proibida de operar com sua plataforma em várias jurisdições.
Contudo, após os problemas, a Binance reagiu criando programas de capacitação para autoridades e criou recentemente um conselho global, integrado entre outros por Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda no Brasil.
Com essas estratégias, a corretora começa a nivelar sua atividade com governos, para evitar novos problemas como no último ano.
Binance quer treinar autoridades em criptomoedas por todo o mundo
A Binance anunciou o Programa Global de Treinamento para Autoridades de Aplicação da Lei que se desenvolveu exponencialmente com a expansão da equipe de investigações no último ano.
O programa pioneiro entre corretoras de criptomoedas foi criado pela empresa para apoiar autoridades, promotores e investigadores públicos na identificação de crimes financeiros e cibernéticos.
De acordo com Tigran Gambaryan, chefe global de Inteligência e Investigações da Binance, a novidade chega em um momento em que reguladores estão cada vez mais interessados em criptomoedas.
“Reguladores, agentes de aplicação da lei e stakeholders do setor privado estão dando cada vez mais atenção às criptomoedas, e percebemos uma demanda crescente por treinamento para apoiar a educação e o combate a crimes envolvendo cripto. Para atender a essa demanda, reforçamos nossa equipe para oferecer mais treinamentos e trabalhar lado a lado com reguladores em todo o mundo.”
Ao longo do último ano, a equipe de investigações da Binance conduziu e participou de mais de 30 workshops de combate a crimes cibernéticos e financeiros.
Os encontros foram com autoridades de investigação e aplicação da lei de vários países, incluindo Argentina, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Israel, Holanda, Filipinas, Suécia, Coreia do Sul, Reino Unido, entre outros.
Treinamento visa “proteger seus usuários”
No Brasil, a Binance já fez treinamentos para agentes da Polícia Federal em Brasília e para promotores de justiça do Ministério Público do Rio de Janeiro, além de apresentações no Congresso Internacional de Direitos Humanos da Polícia Federal, em Maceió, e a promotores do Ministério Público de São Paulo, o maior do país.
Em setembro, a exchange participou, em Buenos Aires, de um workshop sobre cibersegurança, blockchain e cripto para investigadores na 7ª Reunião do Grupo de Trabalho da Interpol sobre Crimes Cibernéticos para Chefes de Unidade das Américas.
Também conduziu um treinamento para investigadores e promotores focados em crimes cibernéticos do Paraguai, na capital Assunção.
Para Tigran Gambaryan, ex-membro da Receita Federal dos EUA (IRS), isso mostra que a corretora está empenhada em proteger seus usuários.
“Proteger os usuários é prioridade na Binance. Trabalhamos lado a lado com as autoridades legais para rastrear e seguir contas suspeitas e fraudes, contribuindo para a luta contra o financiamento do terrorismo, ransomware, tráfico de pessoas, pornografia infantil e crimes financeiros.”