Bancos não podem mais ignorar o metaverso, diz consultora da Capco Brasil

Ainda que potencial de inovações seja grande, ambientes virtuais de criptomoedas ainda não são utilizados em larga escala.

Segundo a consultora sênior do Laboratório de Inovação da Capco Brasil, Aline Lemos, os bancos não podem mais ignorar o metaverso e devem começar a testar a tecnologia o mais rápido possível.

No começo, a interação entre clientes e as instituições financeiras eram presenciais. Depois, vieram os atendimentos por telefone, caixas eletrônicos, canais digitais e, na pandemia, as plataformas de reuniões online.

O próximo passo desse movimento poderá ser o atendimento no metaverso. E nele, as opções serão várias, como tirar dúvidas de clientes sobre produtos e criar uma “praça” em que clientes discutam opções de investimentos e o banco, ou seguradora, tenha assessores ou avatares baseados em inteligência artificial acompanhando, conversando e ajudando na avaliação das opções disponíveis.

Essa poderá então ser uma realidade presente nos próximos anos, aumentando a fidelização das marcas e melhorando o atendimento ao público de forma geral.

Consultora da Capco Brasil diz que bancos não podem mais ignorar o metaverso

Com sede em Londres, Reino Unido, a Capco é uma empresa global de consultorias no setor financeiro e parte do Grupo Wipro.

Recentemente, a empresa lançou seu estudo chamado “Metaverso: Além do Ciclo da Moda”, que mostra os potenciais dessa tecnologia.

E ainda que os conceitos sejam novos para muitos, a consultora sênior no Brasil, Aline Lemos destaca que muitas inovações nesse ambiente virtual já estão prontas para serem utilizadas.

“Estamos em um ponto de inflexão em que as diversas tecnologias que compõem o metaverso estão prestes a desencadear uma mudança transformacional em nosso mundo digital. Embora diversos aspectos das tecnologias precisem ser refinados, muitas soluções já estão prontas e devem ser exploradas para tornar as organizações mais produtivas e mais atraentes para os clientes que estão adotando o metaverso.”

Mesmo com o metaverso tendo se tornado um pouco mais famoso com a chegada da Meta (ex-Facebook), os conceitos são antigos. De qualquer forma, utilizar espaços com blockchain e NFTs, além da própria Realidade Virtual e Realidade Aumentada, tornam o espaço hoje diferente do que era visto no passado.

Para a consultora então, os bancos e seguradoras, entre outras empresas financeiras, não podem mais ignorar o metaverso e seu potencial de inovações, devendo pelo menos testar as funcionalidades que podem agregar aos seus clientes.

Recentemente, o Bradesco no Brasil capacitou 2 mil funcionários nessas tecnologias, mostrando que já está buscando a liderança no setor.

Metaverso de criptomoedas ainda não é popular

Recentemente, a Decentraland, um dos metaversos de criptomoedas já criados, recebeu a criação de uma loja da Samsung América Latina, para atrair clientes para shows e outras atividades.

Dados apurados pelo Livecoins mostram que nos últimos 30 dias, esse metaverso recebeu a visita de apenas 500 usuários de todo o mundo, ou seja, ainda é um local solitário para se visitar e buscar amizades ou outros tipos de serviços.

Metaverso de criptomoedas da Decentraland teve 500 usuários ao todo em 30 dias
Metaverso de criptomoedas da Decentraland teve 500 usuários ao todo em 30 dias. Crédito: DappRadar.

Ainda em fase inicial, essa é uma inovação que não empolga, mas que pode no futuro ser importante para relações e interações entre marcas e fãs.

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Gustavo Bertolucci
Gustavo Bertoluccihttps://github.com/gusbertol
Graduado em Análise de Dados e BI, interessado em novas tecnologias, fintechs e criptomoedas. Autor no portal de notícias Livecoins desde 2018.

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