A corretora Coinbase negou que tenha qualquer problema com saques após ser afetada pelo rumor da FTX, corretora que pausou os saques de criptomoedas em meio a uma polêmica com a Binance.
Uma tensão entre as maiores corretoras de criptomoedas do mundo arrastou a Coinbase para o olho do furacão.
A Coinbase é a maior plataforma dos Estados Unidos e uma empresa de capital aberto. Ou seja, qualquer problema que acontece com ela deve ser comunicado para a CVM dos EUA, visto que é uma empresa altamente regulada e com vários acionistas.
O CEO da Coinbase, Brian Armstrong, também tenta acalmar seus clientes em meio aos rumores.
Coinbase nega problemas em saques após FTX congelar retiradas
A Binance anunciou a compra da FTX para resolver um problema de liquidez da corretora após dias de tensão entre ambas as empresas.
Mas por meio de suas redes sociais, sobrou para a Coinbase a tarefa de afastar qualquer rumor envolvendo a briga entre suas duas principais concorrentes.
Em um alerta da empresa de segurança Certik, ficou claro que relatos pela internet diziam que a Coinbase também travou saques. Caso se confirmasse, seria possível que a maior plataforma dos EUA tivesse alguma exposição ao FTX Token (FTT) ou a própria corretora.
“Houve vários relatos da comunidade de usuários com problemas para retirar recursos de Coinbase após a queda do FTX. Co-fundador e CEO da Coinbase Brian Armstrong refuta tais alegações e diz ser a comunidade cripto mais confiável.”
There's been multiple community reports of users having issues withdrawing assets from @Coinbase following the FTX fallout.
Coinbase Co-founder & CEO @brian_armstrong refutes such claims and doubles down on being the most trusted crypto community.
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— CertiK Alert (@CertiKAlert) November 9, 2022
O que diz o CEO da Coinbase?
Para esclarecer a situação e acabar com rumores, a Coinbase disse que tem lastro para as criptomoedas de todos os seus clientes.
Além disso, as criptomoedas que pertencem aos investidores não se misturam com as moedas que pertencem a própria plataforma, disse o CEO Brian Armstrong.
Ele lembrou que situações como a vivida pela FTX são estressantes, principalmente pela chance de perder clientes.
No entanto, a Coinbase nunca adquiriu FTT ou participou dos negócios da FTX, inclusive a possível insolvente Alameda Research, pivô da atual crise no mercado.
“Em segundo lugar, a Coinbase não tem nenhuma exposição material a FTX ou FTT (e nenhuma exposição à Alameda).”
Segundo Brian, é possível que os negócios da FTX estivessem mal administrados e sob risco de gestão, o que levou ao iminente colapso da grande corretora, que até então se mostrava sólida.
Outro ponto que afasta a crise da Coinbase é que a empresa não tem um token próprio, o que Armstrong diz ser importante para seu negócio.
Por fim, ele disse que situações como essa costumam pressionar o mercado por mais regulações, mas ele acredita ser importante implementar regras sensatas e não rígidas para corretoras de criptomoedas.